Caos nas Lojas do Cidadão. Vários funcionários agredidos com gravidade

O Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado relata caos desde que as Lojas do Cidadão e outros serviços reabriram ao público. Numa semana foram registadas sete agressões físicas “graves”.

Caos nas Lojas do Cidadão. Vários funcionários agredidos com gravidade

Desde o inicio de setembro que as Lojas do Cidadão e os diversos espaços do Instituto dos Registos e Notariado estão em funcionamento normal, passaram a prestar atendimento presencial sem necessidade de marcação prévia. E o balanço desta semana é caótico.

Arménio Maximino, do Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado, confirmou à TSF que tem sido uma confusão e há um registos de várias agressões. Desde o dia 1 de setembro, foram registadas “sete agressões físicas”, além de outras, menos graves, e das verbais, que ocorrem todos os dias. “Qualquer agressão é grave, se for física ainda mais grave”, declara. Os funcionários terão apresentado queixa, embora o sindicato não tenha tido acesso a “cópias” do ato.

“Alguns dos trabalhadores estão de baixa médica, em consequência das agressões”

O representante do Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado afirma que alguns dos trabalhadores estão de baixa médica, em consequência das agressões. Arménio Maximino refere ainda que falta mão-de-obra para responder a tantas solicitações. “O caos continua instalado porque os problemas continuam por resolver. Faltam, nos mapas de pessoal dos serviços, 1756 profissionais. Este número de trabalhadores permitiria 50 mil atendimentos diários a mais.”

As aposentações e a pandemia agravaram as dificuldades. “De 2019, em que já havia filas de espera, para 2021, aposentaram-se 300 trabalhadores”, que significariam dez mil atendimentos diários a mais, contabiliza o sindicalista. “Todos os meses aposentam-se entre dez a 15 trabalhadores. Neste mês vão aposentar-se entre dez e 15, e vamos ter menos pessoas disponíveis para fazer atendimento. Os que saem, não sendo substituídos, o que faziam deixam de fazer.”

Até que o Governo implemente “medidas concretas”, como o recrutamento de funcionários, “este problema vai continuar e vai agravar-se ao longo do tempo”, comenta Arménio Maximino.

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