Covid-19: Madeira deteta surtos nas escolas e aguarda autorização para vacinar crianças
A pandemia da covid-19 na Madeira “está monitorizada” e têm sido detetados surtos nas escolas, aguardando a região a autorização europeia para vacinar as crianças entre os seis e os 12 anos, disse hoje o presidente do Governo Regional.
A pandemia da covid-19 na Madeira “está monitorizada” e têm sido detetados surtos nas escolas, aguardando a região a autorização europeia para vacinar as crianças entre os seis e os 12 anos, disse hoje o presidente do Governo Regional. “A situação está toda monitorizada na Madeira”, assegurou Miguel Albuquerque aos jornalistas, à margem da visita que efetuou às obras de canalização na Ribeira Grande, na freguesia de Santo António, nas zonas altas do concelho do Funchal.
O chefe do executivo madeirense de coligação PSD/CDS complementou que “os efeitos da pandemia, em termos de saúde pública, neste momento, na Madeira são mínimos”. O responsável salientou que está a ser efetuada uma testagem maciça, no decorrer da qual têm sido detetados casos de infeção por SAR-CoV-2 nas escolas da região. “Estamos a constar que há um surto nas crianças entre os seis e os 12 anos, os efeitos também são menores, mas estamos à espera de uma autorização da Autoridade Europeia da Saúde para logo que isso acontecer vacinar”, afirmou.
Albuquerque reafirmou que a “prioridade essencial é a vacinação, uma medida fundamental para conter os danos da pandemia”, mencionando que têm sido identificados casos positivos em pessoas já com as duas doses da vacina, nas quais os “efeitos são mínimos”. Indicou que a Madeira tem “12 internados e poucas pessoas nos cuidados intensivos” no Hospital do Funchal e que estes casos de infeção “são com patologias associadas ou não vacinados”.
De acordo com os últimos dados divulgados na sexta-feira pela Direção Regional de Saúde, a Madeira reportou 63 novos casos, 379 situações ativas e 19 pessoas hospitalizadas, quatro das quais na Unidade de Cuidados Intensivos dedicada à covid-19. O responsável insular destacou que os casos mais graves “são pessoas não vacinadas”, entre as quais uma das últimas vítimas mortais que era “a única pessoa na família que se recusava a vacinar”. “É incompreensível que pessoas com mais de 60 anos ainda não estejam vacinadas”, afirmou, realçando que a vacinação para os maiores de 18 anos “está aberta na região”.
Miguel Albuquerque reafirmou que no final do mês a situação epidemiológica na região vai ser analisada entre o Governo Regional, a Câmara do Funchal e a autoridade regional de saúde, para avaliar a realização de alguns eventos, como os tradicionais da quadra natalícia e as festas de finalistas das escolas do arquipélago. “Vamos ver como proceder no sentido de obrigar a que as discotecas, os bailes de finalistas e esse tipo de eventos tenham testagem”, referiu. “Façam o favor de vacinar-se!”, apelou o presidente do governo madeirense.
Sobre a obra hoje visitada, Albuquerque explicou ser um investimento na ordem dos 20 milhões de euros, “financiada pelo POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos), ao abrigo ainda dos reajustamentos no quadro 14-20, que tem a ver, em primeiro lugar, com a segurança da cidade [do Funchal]”.
O líder madeirense destacou a importância da requalificação dos curso de água da região em curso, “sobretudo desta ribeira, que é muito perigosa, é uma obra que exige muito cuidado técnico”, incluindo o projeto a construção de travessões para contenção da velocidade das águas e da muralhas.
Acrescentou que a intervenção nas muralhas vai ser aproveitada para criar espaços de estacionamento em alguns espaços e requalificar uma estrada de ligação à zona alta da freguesia de Santo António que está “em muito más condições”. “Esta obra que estará finalizada em maio de 2022 e que será mais uma inserida no contexto da prevenção e minimização dos riscos para a cidade”, sublinhou O governante ainda apontou que o projeto está a decorrer “em varias frentes de obras, algumas das quais estão paradas devido a confusões habituais de expropriações, por causa de herdeiros, embora não tenham valor urbanístico”, o que provoca constrangimentos na realização dos trabalhos.
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