EUA/Eleições: Jornais destacam civismo e covid-19 no debate Kamala-Pence
As notícias e editoriais dos jornais internacionais destacam o civismo do debate entre Kamala Harris e Mike Pence quando comparado com o confronto entre Donald Trump e Joe Biden e destacam a crise sanitária como assunto central.
As notícias e editoriais dos jornais internacionais destacam o civismo do debate entre Kamala Harris e Mike Pence quando comparado com o confronto entre Donald Trump e Joe Biden e destacam a crise sanitária como assunto central.
O jornal New York Times considera que a “pandemia” marcou o debate entre a senadora Kamala Harris e o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, sendo que a edição digital do jornal destaca que a candidata democrata à vice-presidência dos Estados Unidos “acusou” a Administração e o presidente Donald Trump de falhanço quanto às medidas sanitárias contra a epidemia global de SARS CoV-2.
A edição eletrónica do Washington Post escreve que durante o debate foram colocadas muitas questões, mas as respostas “foram poucas”.
O mesmo jornal refere que o debate, realizado em Salt Lake City e moderado pela jornalista do US Today, Susan Page, contou como uma “pequena assistência” de pessoas que levavam máscaras sanitárias.
“Os candidatos debateram os novos dados sobre o coronavírus, o balanço de óbitos e o teste positivo do presidente Donald Trump. Os candidatos também trocaram críticas sobre economia, emprego, impostos, política externa e também as questões raciais com Pence, por vezes, a regressar aos tópicos já debatidos em vez de responder à pergunta que lhe era colocada”, escreve o Washington Post.
O editorial dos Los Angeles Times refere que, ao contrário o confronto entre os candidatos presidenciais, na semana passada, o debate dos candidatos à vice-presidência foi “contido, com civismo, mas pouco esclarecedor”.
Do outro lado da fronteira norte, o jornal canadiano Toronto Star diz que não é possível com “clareza” apontar um vencedor do debate e que ambos os candidatos ignoraram durante 90 minutos a presença da moderadora.
O Torono Star titula que a “pandemia” esteve no centro do debate.
O jornal Montereal Gazette ignora o debate na primeira página ao contrário do Journal de Québec, em francês, afirmando em manchete que “o debate entre Kamala Harris e Mike Pence foi um verdadeiro debate de ideias”.
“A senadora democrata e o vice-presidente não imitaram Trump e Biden”, titula o jornal do Québec, no Canadá.
A sul, no México, o jornal Reforma (edição digital) frisa que o debate ficou marcado pela covid-19 e destaca, através de um vídeo, a mosca “na cabeça de Pence” sobre o momento em que o inseto se manteve durante alguns minutos sobre os cabelos brancos do vice-presidente.
O La Razón de México só menciona o debate depois das notícias locais, titulando que “as políticas sobre a pandemia foram o momento de tensão” entre os dois candidatos à vice-presidência.
No Brasil, o jornal Folha de São Paulo diz que os vice-presidentes debateram os assuntos propostos comparando com o confronto entre Trump e Biden da semana passada.
O jornal brasileiro publica também a notícia sobre a opinião de Donald Trump transmitida através da rede social Twitter: “Kamala é uma máquina de gafes”.
O britânico The Guardian coloca as notícias do debate no topo da página (edição eletrónica) afirmando que a crise sanitária marcou o encontro entre Kamala e Pence.
“Mike Pence defendeu as políticas da Administração face à pandemia, mas Harris disse que ‘foi grande falhanço de governo'”, escreve o jornal britânico.
Em França, o jornal Libération sublinha em título as diferenças entre o debate dos vice-presidentes e o debate da semana passada entre Trump e Biden e escreve que Kamala e Pence conseguiram “discutir alguns assuntos”.
A edição digital do China Daily, publicação oficial da República Popular da China, destaca o debate, mas só refere questões relacionadas com Pequim depois de um longo texto sobre as idades dos candidatos, e de questões laterais como a proteção sanitária de acrílico colocada no estúdio onde decorreu o encontro.
“Harris disse que Trump ‘falhou na guerra comercial com a China’ que conduziu a uma recessão da produção nos Estados Unidos provocando 300 mil desempregados e falências entre os proprietários rurais – por causa do conflito comercial (com Pequim)”, escreve o China Daily.
O jornal espanhol El Pais escreve que Kamala começou com “força, mas ficou por aí” porque Mike Pence conseguiu levar a candidata democrata para o terreno para onde a queria levar, num debate “mais cordato e rico” do que aquele que foi protagonizado por Trump e Biden.
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