Polícia detém profissionais de saúde por falsificação de cartões de vacinação contra a covid-19

Trata-se de um técnico de medicina e uma estagiária de enfermagem do centro de saúde de Bagamoio, na capital.

Polícia detém profissionais de saúde por falsificação de cartões de vacinação contra a covid-19

A polícia moçambicana anunciou esta quinta-feira a detenção de dois profissionais de saúde por suspeitas de falsificação de cartões de vacinação contra a covid-19 em Maputo. Trata-se de um técnico de medicina e uma estagiária de enfermagem do centro de saúde de Bagamoio, na capital.

Além de cartões de vacinação, os dois profissionais foram também encontrados com material de saúde, disse Marta Pereira, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) no comando-geral da cidade. “É um facto que preocupa a polícia sendo que se trata de agentes de saúde que deviam sensibilizar as pessoas a vacinar, ao invés de facilitar a compra de cartões de vacinação”, referiu a porta-voz.

Estagiária assumiu ter participado na falsificação

A estagiária de enfermagem geral de 24 anos, citada pela imprensa local, assumiu ter participado no processo de falsificação e disse ter sido aliciada por alguém que a contactou pedindo ajuda para obter os cartões. A estagiária disse ter-se recusado, mas após “insistência” acabou cedendo. “Pela insistência, o doutor fez os cartões e, quando fui entregar, ontem, prenderam-me”, explicou. Em declarações a jornalistas, o técnico de medicina considerou tratar-se de uma “armadilha”, referindo que reconhecia apenas dois dos cinco cartões apreendidos pela polícia.

Para a porta-voz da PRM, a falsificação e venda de cartões de vacinação “coloca em causa a saúde da própria população”, referindo, por isso, que a polícia está a “desdobrar-se para desmantelar redes” que se dedicam a esse tipo de ações.

Moçambique contabiliza 1.932 mortes e 151.325 casos do novo coronavírus, dos quais 98% recuperados da doença. A covid-19 provocou pelo menos 5.020.845 mortes em todo o mundo, entre mais de 248,03 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse. A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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