SL Benfica acusa FC Porto de ter ‘rede criminosa’

A SAD do clube da Luz acusou os rivais portistas de possuírem uma ‘rede criminosa’ responsável pelo roubo dos seus emails.

SL Benfica acusa FC Porto de ter 'rede criminosa'

O Benfica emitiu um comunicado através da newsletter News Benfica onde associa o FC Porto à ‘rede criminosa’ que invadiu o sistema informático dos encarnados e publicou milhares de emails dos funcionários do clube.

A SAD benfiquista refere no seu comunicado que «uma rede criminosa que invade instituições também é capaz de facilmente ter acesso a correspondência privada dos mais diversos agentes desportivos».

Segundo a publicação, este tipo de crimes «pode explicar muitos dos erros incompreensíveis» que existiram nos últimos jogos.

Encarnados falam em provas da ‘rede criminosa’ portista

Os últimos leaks, que eram referentes à PLMJ, escritório de advogados que defendeu o SL Benfica no caso e-toupeira, são – segundo a newsletter – a prova «inequívoca» de que esta rede é «uma estrutura criminosa altamente organizada» e que o «FC Porto é «a face visível dessa rede criminosa».

O Benfica fala ainda na «coincidência» que é a amizade entre «figuras de destaque no Porto Canal» e um «hacker integrado numa rede internacional de cibercrime».

FC Porto já respondeu ao rival

O director de comunicação dos campeões nacionais já respondeu ao comunicado do Benfica. Francisco J. Marques respondeu, através de uma publicação na sua conta do Twitter, que «Crime organizado é corromper funcionários judiciais para entrar Citius. O resto é areia para os olhos dos adeptos menos esclarecidos».

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LEIA O COMUNICADO NA ÍNTEGRA:

«A notícia de que pelo menos um dos escritórios de advogados que trabalha para o Benfica foi vítima recente do crime de violação e divulgação da sua correspondência privada, por parte do blogue que desde a primeira hora nos atacou, vem provar de forma inequívoca que estamos perante uma estrutura criminosa altamente organizada, profissional e acaba com todas as dúvidas sobre a origem e quem está por trás do roubo dos nossos emails, eliminando em definitivo a tese de que tal roubo poderia resultar de uma fuga interna.

Como se sabe, a face visível dessa rede criminosa tornou-se pública quando, através do Porto Canal, o diretor de comunicação do FCP surgiu como porta-voz do roubo dos emails, num crime que está sob investigação e que já levou à sua constituição como arguido, bem como de todos os administradores do FC Porto, neste caso pelo crime de ofensa a pessoa coletiva.

A coincidência de, na mesma altura, surgirem como figuras de destaque no Porto Canal elementos com ligações de amizade a um reconhecido hacker integrado numa rede internacional de cibercrime (e que se encontra em parte incerta) bem como o recente surgimento num canal de televisão, como elemento afeto ao FC Porto, do advogado desse hacker no passado, são sinais que tornam cada vez mais evidentes as ligações e as razões porque a alegada correspondência privada do Benfica foi ter às mãos do diretor de comunicação do FCP.

As motivações, o empenho no tempo, a estratégia meticulosa – com alvo (ou alvos) muito claro(s) – que não olha aos danos que provoca, seja de foro privado ou de direitos ao abrigo do segredo profissional, e ainda os meios alocados por esta rede criminosa, tornam óbvio que não se trata de um trabalho gracioso, até porque este tipo de cibercrime institucional e empresarial é encarado como um negócio por estas redes criminosas.

O cerco aperta-se e estamos certos que, a cada dia que passa, as autoridades estarão mais próximas de conseguir apurar todas as responsabilidades.

Mas também aumentam as preocupações. Porque uma rede criminosa que invade instituições também é capaz de facilmente ter acesso a correspondência privada dos mais diversos agentes desportivos – o que, somado a invasões de centros de treinos de árbitros e ameaças físicas e patrimoniais a eles e suas famílias, pode explicar muitos dos erros incompreensíveis a que temos assistido ultimamente.

São suspeitas legítimas perante o crime organizado que perdeu toda a vergonha, que se sente impune e que tem motivações e porta-vozes conhecidos».

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