«Em primeiro lugar, queria agradecer à minha família que foi absolutamente determinante neste que foi o pior momento da minha vida,  que já alguma vez vivi», estas são as primeiras palavras de Bruno de Carvalho à chegada à sua casa, horas depois de saber que pode sair em liberdade.

«Estes cinco dias são marcantes, marcam qualquer pessoa, dão-nos outra perspectiva», diz Bruno de Carvalho que refere ainda as privações que sentiu enquanto detido no posto da GNR de Alcochete.

Garante que é uma pessoa diferente «Não sei se melhor ou pior, mas diferente». «Só quem passa por isso percebe o quão diferente é um ser humano quando se é privado de coisas básicas como uma ida a casa de banho».

Agora, Bruno de Carvalho quer «assentar e descansar com a família» voltando a referir que está «a viver o pior momento da minha vida, só quero abraçar a minha filha», terminando a declaração mencionando que «sempre que quiser dar uma declaração digo-vos. É o melhor para todos e para a minha família que não merece este aparato à frente da minha casa».

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Bruno de Carvalho não quer falar

O ex-presidente do Sporting saiu em liberdade ao final da manhã do Tribunal do Barreiro, depois de ter sido interrogado na quarta-feira, com o juiz Carlos Delca a impor como medida de coação apresentações diárias aos órgãos de polícia criminal, além do pagamento de uma caução no valor de 70 mileuros.

Bruno de Carvalho está indiciado no processo de ataque à academia por 57 crimes: um de terrorismo, 20 de sequestro, 20 de ameaça agravada, dois de detenção de arma proibida, 12 de ofensa à integridade física qualificada e dois de dano com violência.

O empresário rejeito responder a qualquer questão relacionada com o processo ou a sua detenção.

Texto: Vítor Miguel Gonçalves | WIN

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