Bruno de Carvalho no Facebook: «Vou ajudar todas as figuras públicas»
O segundo post de Bruno de Carvalho que não menciona o Sporting é sobre a «arte» de ser figura pública
Esta terça-feira, dia 3, o presidente destituído do Sporting publicou uma reflexão sobre a própria rede social que tanto utiliza. Já no dia seguinte, dedica-se a falar sobre ser figura pública.
LEIA MAIS: Bruno de Carvalho e Cláudia Dias Gomes em guerra por causa da filha Diana
«Teatral: ser ou não ser, eis a questão! Ser figura pública tem a sua arte e engenho!», escreve Bruno de Carvalho.
No seu longo texto publicado na sua rede social de eleição, Bruno de Carvalho faz referência à Lei de Murphy e promete « ajudar todas as figuras públicas a analisar este seu compromisso com o fracasso premente».
«Eu sempre gostei de ser pragmático nos raciocínios e por isso sempre usei a frase: de médico, de actor e de louco, todos nós temos um pouco…», prossegue.
Num texto onde fala sobre a exposição mediática, o ex presidente do Sporting até faz referência Sigmund Freud.
Leia o post na íntegra:
«Teatral: ser ou não ser, eis a questão!
Ser figura pública tem a sua arte e engenho!
Se a primeira já é difícil, juntem a segunda e dá tudo para se tornar num exemplo da Lei de Murphy: “Qualquer coisa que possa ocorrer mal, ocorrerá mal, no pior momento possível”, resumindo, se existir a mais pequena probabilidade de algo correr mal, vai mesmo correr mal. E com exposição pública diária o desastre é sempre iminente!
Vou ajudar todas as figuras públicas a analisar este seu compromisso com o fracasso premente.
Vamos à arte..
Existe um provérbio português que diz “de médico, de engenheiro e de louco todos nós temos um pouco”.
Eu sempre gostei de ser pragmático nos raciocínios e por isso sempre usei a frase: de médico, de actor e de louco, todos nós temos um pouco…
Essa de sermos todos engenheiros sempre achei um pouco forçada… Até porque originalmente era só médico e louco…
Médicos somos todos de facto, não vale a pena esconder… Quem não tem em casa a sua farmácia particular?
Loucos, sem dúvida. Só o facto de ser figura pública exige um mediatismo que roça sempre algum estado de loucura associado. (No meu caso, por exemplo, assumido e reforçado!)
E actores é uma consequência óbvia de termos de cumprir vários papéis na nossa vida.
E a exposição mediática diária leva a agudizar essa parte teatral. Todos temos de ter essa consciência… até os mais loucos!
E quando essa faceta teatral é mal conseguida entramos no Princípio de Peter: “Num sistema hierárquico, todo o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência”.
E a vida é feita de percepções e essas são criadas pelo nosso comportamento público. Assim sejam ou não, para o público em geral são aquilo que derem a conhecer.
Por exemplo, este Princípio de Peter foi dado a conhecer em 1969. Era fácil fazer uma piada com esse facto. Até poderia fazer rir algumas pessoas mas a percepção criada seria a de alguém brejeiro e de baixo nível… E no fundo poderia ser apenas alguém sem jeito para fazer piadas…
Percepção versus realidade… Se não consegues que todos te conheçam na realidade (e ninguém consegue isso) percebe que a tua “realidade” será o que os outros pensam de ti.
E agora vamos para o engenho…
“Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro”. Este é um dos pensamentos de Sigmund Freud que mais devem nortear as figuras públicas. O engenho é somente isto!
Se a arte falha o engenho torna-se uma tarefa ainda mais difícil. Se a arte der a percepção esperada o engenho é só a manter!
Agora, após estas breves notas, já não existe qualquer motivo para uma figura pública falhar… ou talvez não!»
Siga a Impala no Instagram