César Peixoto diz que época anterior deve ser “pressão positiva” para Moreirense
O treinador do Moreirense, César Peixoto, afirmou hoje que o sexto lugar na edição 2023/24 da I Liga portuguesa de futebol deve ser uma “pressão positiva” para o plantel que lidera, reconhecendo o “excelente trabalho” que herda.
De regresso à equipa da vila de Moreira de Cónegos, que orientou em sete jogos oficiais em 2020/21, o técnico dirigiu hoje o primeiro treino de um grupo com 28 elementos, com o guarda-redes Rodrigo Sousa, de 17 anos, à experiência e ainda sem o defesa central Marcelo, e afirmou encarar a nova época com “expetativas positivas”, à procura de “mais e melhor”, mas sem obrigações “contraproducentes”.
“[A época passada] Tem de ser uma pressão positiva. Uma equipa como o Moreirense não anda todos os anos a lutar pelo sexto lugar, mas a ideia é tentar fazer mais e melhor. O mais importante é trabalhar treino a treino e jogo a jogo. Criar uma meta tão alta pode ser contraproducente para uma equipa que fez uma época fantástica. É uma nova época e um novo contexto”, disse aos jornalistas, na academia do emblema do concelho de Guimarães.
Sucessor de Rui Borges, técnico que conduziu os ‘axadrezados’ ao recorde de 55 pontos no escalão maior e rumou ao vizinho Vitória de Guimarães, César Peixoto enalteceu os jogadores e a equipa técnica de 2023/24 pelo “excelente trabalho”, tendo assumido que “seria estúpido não aproveitar o que de bom foi feito”.
A ‘timoneiro’ de 44 anos prometeu, assim, “uma adaptação mútua” entre equipa técnica e atletas, rumo a um modelo de jogo que funde o seu “cunho pessoal” com “coisas que vão transitar” para 2024/25, época que espera difícil.
De volta à I Liga, após treinar o Paços de Ferreira em 2021/22 e 2022/23, e rejeitar algumas propostas na época transata, César Peixoto ambiciona um Moreirense “com bola, agressivo, acutilante na frente, a lutar pelos três pontos em qualquer lado” e agradece o “plantel muito bem constituído” ao seu dispor no arranque dos trabalhos, num contraste com experiências anteriores.
“Isso vai-me dar tempo para colocar a minha ideia em prática. Quando entramos a meio da época, temos de ser cirúrgicos e rápidos para ter resultados. Aqui, temos tempo para trabalhar, para conhecer melhor os jogadores e para colocar a equipa à minha imagem”, referiu.
À espera de que o plantel “não mexa muito” até ao encerramento do mercado de transferências de verão, o treinador natural de Guimarães assumiu que é preciso reforçar o lado esquerdo da defesa, em que só conta com Frimpong, e também o ataque, tendo enaltecido jogadores que se destacaram no ano transato, nomeadamente os médios Ofori e Gonçalo Franco, e as alternativas para esse setor.
“O Ofori está cá. O Franco, enquanto cá estiver, é um jogador com o qual contamos. Sabemos que se valorizou muito. O Moreirense, à semelhança da maioria dos clubes deste nível, tem de ter receitas extraordinárias. Tem de haver vendas. Já contratámos o Sidnei [Tavares] e o Liberato, jogadores nos quais vemos potencial. Se houver saídas, estamos precavidos”, disse.
Além de Sidnei Tavares e de Liberato, os ‘cónegos’ contrataram Benny, médio ex-AVS que reencontra César Peixoto, seu treinador no Desportivo de Chaves, em 2019/20, e que espera ajudar “um plantel recheado de qualidade” a alcançar “algo parecido ou melhor do que na época passada”, sabendo que tem de evoluir em pormenores para ganhar o seu lugar.
“A linha entre a I e a II Liga é muito ténue. Baseia-se em pormenores. A velocidade e o pensamento de execução têm de ser um pouco mais rápidos. Se evoluir nesses aspetos, posso ter sucesso e fazer uma boa temporada”, disse o jogador de 26 anos, de regresso ao escalão maior, no qual representou o Paços de Ferreira, em 2019/20.
Já Carlos Ponck, defesa central de 29 anos que cumpriu 16 jogos oficiais pelo Moreirense em 2023/24, considerou que o facto de muitos jogadores “conhecerem os cantos à casa” é “uma mais-valia” e prometeu trabalho para igualar ou até superar a época transata.
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By Impala News / Lusa
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