Sporting reage à demissão de Frederico Varandas como diretor clínico
Frederico Varandas foi um dos principais motivadores do plantel leonino antes da final da Taça de Portugal, no passado domingo, frente ao Desportivo das Aves.
15h23: O Sporting assegura serviços médicos na equipa de futebol do clube e fala numa “demissão inusitada” de Frederico Varandas. Leia o comunicado:
Tendo tomado conhecimento do pedido inusitado do Dr. Frederico Varandas para sair das funções de director clínico do Sporting Clube de Portugal numa altura em que o Clube está empenhado em diversas competições das suas 55 modalidades, cumpre à Sporting SAD informar o seguinte:
1 – Garantiremos que no próximo domingo, dia 27 de Maio, não faltarão nenhumas condições médicas às nossas atletas que vão disputar, no Jamor, a Final da Taça de Portugal em Futebol Feminino;
2 – Asseguraremos que também no Futebol de Formação, cujas competições ainda prosseguem, não deixarão de ser prestados todos os cuidados clínicos que sejam necessários para o bom desempenho desportivo dos nossos atletas;
3 – A todos os nossos atletas e responsáveis das modalidades, onde entre outras o Andebol, o Futsal ou o Hóquei Patins, têm títulos ainda em disputa, garantimos que terão todas as condições de acompanhamento médico que se verifique necessário, de modo a que nada lhes falte ou os impeça de conquistar os objectivos definidos.
O Conselho de Administração da Sporting SAD
O Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal
O médico da equipa de futebol do Sporting, Frederico Varandas, demite-se do cargo para avançar com uma candidatura à presidência do Sporting, conta o próprio na rede social Instagram em comunicado. Varandas diz já ter apresentado a sua demissão ao atual presidente, Bruno de Carvalho – apesar de se mostrar desapontado com a “faceta autocrática e sectária” deste.
Recorde-se que esta quinta-feira, reúnem-se os órgãos sociais do Sporting pela segunda vez esta semana. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral dos leões, Jaime Marta Soares, já terá assinaturas e outros elementos para destituir Bruno de Carvalho como presidente e convocar novas eleições.
No dia 15 de maio, dezenas de alegados adeptos encapuzados invadiram a Academia do Sporting, em Alcochete, e agrediram alguns jogadores e elementos da equipa técnica.
A GNR deteve 23 dos atacantes, que ficaram em prisão preventiva depois de terem sido ouvidos no tribunal de instrução criminal do Barreiro.
Paralelamente, no âmbito de uma investigação do Ministério Público sobre alegados atos de tentativa de viciação de resultados em jogos de andebol e futebol tendo como objetivo o favorecimento do Sporting, foram constituídos sete arguidos, incluindo o ‘team manager’ do clube, André Geraldes.
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Na sequência destes acontecimentos, os elementos da Mesa da Assembleia Geral, a maioria dos membros do Conselho Fiscal e parte da direção apresentaram a sua demissão, defendendo que Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.
Hoje entreguei ao presidente do nosso Clube, Dr. Bruno de Carvalho, uma carta comunicando a minha saída do Departamento Médico da Sporting SAD. Tenho a honra de ter crescido numa família de dedicados sportinguistas e tenho estado ativamente ligado às atividades do Sporting. Sinto e vivo Sporting desde os 3 anos e até hoje, mesmo nos momentos mais críticos da minha vida, como na comissão de serviço militar no Afeganistão, nunca deixei de respirar “Sporting”.
Tive com o atual presidente, desde que ele confirmou a minha colaboração ao tomar posse no seu primeiro mandato, a máxima lealdade e revejo-me em grande parte no património material e imaterial que ele deixa ao nosso Clube.
Revejo-me na valorização dada às Modalidades, no aumento de exigência e ambição competitiva do Futebol Profissional, na concretização do projeto do Pavilhão João Rocha, na atenção aos Núcleos, na dinamização dos Associados e Adeptos.
E revejo-me na capacidade demonstrada nos primeiros anos de presidência de convocar os Sócios a participar na vida do nosso Clube.Infelizmente, os acontecimentos dos últimos meses sublinharam a faceta autocrática e sectária do Dr. Bruno de Carvalho, tornando impossível a minha permanência sob pena de faltar ao meu superior dever de Lealdade para com o Sporting. No momento em que se produzem sucessivos episódios desviantes deste nosso Património comum, faço questão de ficar completamente livre para participar numa solução de governação do SCP que respeite os princípios democráticos, éticos e competitivos que marcam a nossa História.
Esta minha demissão não deve, pois, ser vista como um afastamento da Vida do SCP. Constitui, na realidade, um primeiro passo para liderar uma solução de Direção do nosso Clube que seja convergente com o nosso desígnio histórico, respeitando os nossos fins, os nossos valores, a nossa identidade, visando a harmonia entre associados e a projeção ambiciosa no futuro que todos queremos. Viva o Sporting Clube de Portugal.”
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