Flamengo perde na Libertadores e adeptos exigem regresso de Jorge Jesus
Vítor Pereira está a ter um início de época catastrófico no Flamengo. A mais recente derrota na Libertadores foi a gota de água e os adeptos exigem o regresso de Jorge Jesus.
Vítor Pereira somou nova derrota no Flamengo. Desta feita, o campeão em título, entrou da pior forma na defesa do título da Libertadores com uma derrota por 2-1 frente ao estreante Aucas, campeão do Equador, num embate disputado em Quito. A formação brasileira até se adiantou no marcador por intermédio da jovem esperança Matheus França. Estavam decorridos 39 minutos. O pior veio na segunda parte.
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A equipa equatoriana restabeleceu a igualdade aos 58 minutos com um belo golo de Erick Castillo que contou com alguma passividade dos comandados de Vítor Pereira. A equipa da casa procurava o golo da reviravolta e este chegou à passagem dos 66 minutos. Novamente por Castillo. Porém, o golo acabou por ser invalidado após o árbitro consultar o VAR e descortinar uma falta atacante momentos antes do golo. O Aucas não desistiu e viria mesmo a consumar a reviravolta já nos últimos minutos do encontro. Roberto Ordóñez, avançado de 37 anos, fez um chapéu ao guarda-redes brasileiro e foi a loucura no estádio.
Vítor Pereira sobre brasas
Desde que assumiu o leme do Mengão, em janeiro passado, Vítor Pereira perdeu a Supertaça do Brasil, frente ao Palmeiras de Abel Ferreira, foi a primeira. Seguiu-se o Mundial de Clubes. Apesar de enormes esperanças em bater o Real Madrid, a verdade é que foi incapaz de ultrapassar as meias-finais, acabando eliminado pelo Al-Hilal. Em 1 de março, foi a Supertaça sul-americana frente ao Independiente del Valle. Ainda que tenha sido decidida nos penaltys, o favoritismo do gigante brasileiro exigia uma vitória (categórica). Ora perante as notícias que têm chegado da Turquia e que apontam a provável saída de Jorge Jesus Fenerbahçe, os adeptos do Flamengo têm feito uma autêntica campanha para o regresso de um dos treinadores mais sucedidos da história do gigante do Rio de Janeiro
Maldição Jorge Jesus
Desde que o agora treinador do Fenerbahçe deixou o Flamengo para regressar ao Benfica, o clube do Rio de Janeiro tem sido um autêntico cemitério de treinadores. Passaram menos de três anos e o gigante brasileiro já vai no sexto treinador. Primeiro foi Domènec Torrent. Com o ‘timbre’ de ter sido adjunto de Pep Guardiola, no Bayern de Munique, as expectativas era muitas. Duas goleadas no espaço de uma semana selaram o seu destino… ao fim de dois meses. No total, foram 14 vitórias, quatro empates e seis derrotas em 24 jogos.
Seguiu-se Rogério Ceni. Ainda que o futebol do Mengão fosse pouco vistoso, destaca-se a boa relação com os jogadores e conseguiu conquistar quatro troféus: Campeonato Brasileiro, Supertaça, Campeonato Carioca e a Taça Guanabara. Foram 24 jogos, 11 derrotas e 11 empates em 45 jogos. Acabou por ser despedido após uma derrota com o Atlético-MG (tal como tinha acontecido com o antecessor).
Dorival Júnior despedido após ganhar a Libertadores
Renato Gaúcho era o senhor que se seguia. Apesar de ter tudo feito para assinar com o Corinthians, acabou por recusar para assumir a liderança do colosso Flamengo. Apesar dos bons resultados na época, duas derrotas decidiram o seu futuro: eliminação nas meias-finais da Taça do Brasil frente ao Athletico e a derrota com o Palmeiras na final da Libertadores. No total, orientou a equipa em 37 jogos, dos quais venceu 24, empatou em oito e foi derrotado em cinco.
Os dirigentes brasileiros decidiram que o próximo treinador seria português. Após várias sondagens, que incluiu nomes como Paulo Fonseca e Carlos Carvalhal, a escolha recaiu em Paulo Sousa. Saiu a mal da seleção polaca e durou apenas 32 jogos. Perdeu a Supertaça do Brasil e deixou o clube perto dos lugares de descida, naquela que foi a sexta pior campanha do Flamengo até a 10.ª jornada.
Dorival Júnior sucedeu ao português e venceu a Libertadores e a Taça do Brasil. Ainda assim, acabou demitido para surpresa de todos. O motivo avançado nos bastidores é que o futebol praticado era pouco atrativo. A decisão de contratar Vítor Pereira foi exatamente com esses objetivos em mente: aliar títulos ao bom futebol. Tal como aconteceu com Jorge Jesus.
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