Juiz do caso da invasão à Academia Sporting responsabiliza Bruno de Carvalho
O despacho do tribunal do Barreiro, que ordena prisão preventiva a mais quatro adeptos da Juve Leo, atribuiu responsabilidades ao presidente do Sporting sobre os ocorridos de 15 maio.
“Comentários [de Bruno de Carvalho] potenciaram um clima de animosidade que já existia entre a «Juve Leo», os jogadores e a equipa técnica face a alguns inêxitos de resultados desportivos“, pode-se ler no despacho do juiz do Tribunal do Barreiro que determina a prisão preventiva de mais quatro indivíduos, adeptos do Sporting, que participaram nas invasões à Academia Sporting, em Alcochete. Dois deles são Fernando Mendes, ex-líder da Juve Leo e Nuno Torres, proprietário do BMW que entrou na Academia após os ataques.
O juiz afirma ainda que “sem rodeios”, Fernando Mendes já tinha incitado outros atos violentos contra o plantel e equipa técnica do Sporting. Todavia, o juiz diz ainda não saber de que forma combinou a invasão a Alcochete que tinha mesmo o objetivo de agredir os jogadores.
“Envolvidos neste espírito de terror, os presentes arguidos engendraram o plano que colocou os “soldados” à frente, de cara tapada, ficando para trás, de cara destapada, conferindo os estragos e as vitórias que, pelo menos neste desafio, tiveram!”, pode-se ouvir no despacho que a TVI teve acesso esta terça-feira.
Até ao momento, a mesma estação também explica que Nuno Torres disse que Fernando Mendes organizou o ataque. Já Helton Camará, conhecido como ‘Aleluia’, outro dos quatro detidos, diz que o ex-líder da Juve Leo o contactou para ir à Academia falar com a equipa técnica.
“Os arguidos sabiam que punham em causa a representação de Portugal no mundial de futebol na Rússia, denegrindo a imagem do futebol português perante os organismos internacionais, diminuindo as capacidades física e psíquica dos jogadores e prejudicando gravemente as aspirações de muitos portugueses na vitória da seleção”, explica ainda o juiz nesse mesmo despacho que adiantou que estão 27 presos em 43 envolvidos identificados nos ataques a Alcochete no passado dia 15 de maio.
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