Quase metade da equipa do Leixões sem treinar após ser vacinada contra a covid-19
Quase metade do plantel do Leixões não treinou na quinta-feira e hoje, devido a reações adversas à vacina da Janssen contra a covid-19, que foi administrada na quarta-feira, em Matosinhos, revelou o clube da II Liga de futebol.
Quase metade do plantel do Leixões não treinou na quinta-feira e hoje, devido a reações adversas à vacina da Janssen contra a covid-19, que foi administrada na quarta-feira, em Matosinhos, revelou o clube da II Liga de futebol.
“A vacinação dizimou a nossa equipa”, disse esta manhã à agência Lusa fonte oficial dos leixonense, observando que o Leixões defronta o Vitória de Guimarães já na segunda-feira, às 20:15, para a Taça da Liga, naquele que vai ser o seu primeiro jogo oficial da época 2021/22.
A mesma fonte disse que “15 jogadores, de um total de 33 que foram vacinados, e elementos da equipa técnica” – incluindo o treinador principal, José Mota -, e da estrutura leixonense do futebol profissional acusaram sintomas diversos logo no próprio dia em que foram inoculados.
A vacinação ocorreu na quarta-feira à tarde, no centro de Vacinação de Matosinhos, tal como estava programado, “e algumas horas depois 15 jogadores e vários elementos do ‘staff'” começaram a sentir “febre, fadiga, cefaleia, dores musculares, náuseas e alguns tiveram vómitos”, disse à Lusa o médico do Leixões, João Duarte Silva.
O resultado foi “uma inaptidão dos atletas com esses sintomas, até poderem recuperar”, acrescentou o clínico. Os restantes jogadores nada tiveram, porque a “reação à administração da vacina é muito variável”.
“São sintomas normais relacionados com a administração da vacina. Está descrito. Numas pessoas acontece de uma forma mais intensa e noutras menos, são coisas que tendem a melhorar ao fim de dois ou três dias e, portanto, estamos dentro dessa janela. Há que esperar que ela [a vacina] faça o seu efeito”, referiu João Duarte Silva.
O médico considera “normal que alguns elementos ainda estejam incapacitados” e afirmou que deu conhecimento desta situação, por “e-mail” a um vogal da administração da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, porque, explicou, foi através deste responsável que a vacinação veio a ser agendada.
“Consideramos importante notificar estas reações adversas, por ser uma terapêutica recente e todos os contributos que permitam aumentar o conhecimento e a informação disponível são uma mais-valia nestes casos”, salientou João Duarte Silva.
Os sintomas manifestaram-se de diversas formas e com “intensidade variável” e deixaram 15 jogadores incapacitados para treinar tanto na quinta-feira como hoje. Ainda assim, a preparação da equipa prosseguiu esta manhã no Estádio do Mar, com os atletas disponíveis e também alguns sub-23 e com José Mota a dirigir os trabalhos, embora ainda “afetado”.
João Duarte Silva disse que “está tudo a ser gerido de uma forma tranquila” e de acordo com os sintomas descritos e relacionados com uma vacina que desencadeia uma “resposta imunológica muito forte”.
“Não há nenhum atleta que tenha necessidade de avaliação hospitalar. Está tudo ser gerido de uma forma tranquila, nalguns casos com medicação para controlar a febre e aliviar os sintomas”, acrescentou.
O médico referiu que “está tudo a correr dentro da normalidade, tirando a interferência com o normal a atividade desportiva dos atletas” e a sua preparação para o jogo com o Vitória, já na segunda-feira, para a Taça da Liga.
Siga a Impala no Instagram