Torres Pereira e Sousa Cintra saem em defesa das claques do Sporting
O presidente da Comissão de Gestão do Sporting, Torres Pereira, saiu hoje em defesa das claques do clube, que se “demarcaram e condenaram os acontecimentos de Alcochete”, afirmando que cumprem a lei, ao contrário das claques do Benfica.
O presidente da Comissão de Gestão do Sporting, Torres Pereira, saiu hoje em defesa das claques do clube, que se “demarcaram e condenaram os acontecimentos de Alcochete”, afirmando que cumprem a lei, ao contrário das claques do Benfica.
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“Os Grupos Organizados de Adeptos (GOA) têm formalizado com o clube um protocolo que os identifica e caracteriza, explicitando os direitos e deveres de cada uma das partes, estão legalizadas junto do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) e funcionam às claras, ao contrário do que sucede com o Benfica, que, apesar da legalização ser obrigatória desde 2009, não teve a decência de reconhecer, legalizar e responsabilizar os seus próprios GOA”, disse Torres Pereira, ladeado por Sousa Cintra, presidente da administração da SAD e por representantes das quatro claques do clube, Juventude Leonina, Diretivo Ultras XXI, Torcida Verde e Brigada Ultras.
Para o responsável pela Comissão de Gestão, as claques do clube “não só se demarcaram e condenaram o que passou em Alcochete como suspenderem alguns dos seus membros envolvidos”, ações que configuram “um exercício de responsabilidade e autorregulação”,
“Faz-me impressão que levantem essas questões em relação aos GOA do Sporting que cumprem a lei e aqui ao lado, no Benfica, não os reconhecem, não cumprem a lei e ninguém lhes aponta o dedo”, reiterou Torres Pereira, para quem o Sporting de hoje “já não é o de há um mês, sarou as feridas e está revigorado e forte de novo”.
“Fazem parte da história e do património do clube”
Torres Pereira elogiou as claques ao afirmar que “fazem parte da história e do património do clube, acompanham todos os passos da sua vida com intensa paixão e incentivam as suas equipas com esforço, dedicação e devoção” e negou que uma delas, a Juventude Leonina, tenha uma dívida de um milhão de euros ao clube como foi noticiado.
Explicou que as claques vendem bilhetes dos jogos de futebol e que isso gera uma conta corrente entre estas e o clube que “vai variando ao longo do tempo, umas vezes pende para um lado e outras pende para outro”, mas admitiu que essa conta corrente “tem de ser atualizada com maior permanência com que tem sido até agora”.
Sousa Cintra lembrou que cumpriu três mandatos na presidência do Sporting e que nunca enfrentou o mínimo problema com as claques e que sempre ultrapassou pequenas questões com diálogo.
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“Sei que os tempos mudaram, mas estão aqui os responsáveis pelas quatro claques do clube. Sou amante da liberdade, mas com responsabilidade. A primeira sem a segunda não funciona. É isso que lhes peço, responsabilidade, educação, respeito, civismo, apoio às nossas equipas. As claques fazem falta ao nosso clube”, disse Sousa Cintra, para quem os acontecimentos de Alcochete “são passado” e só se lembra de “coisas boas, como a goleada por 7-1 ao Benfica”.
Questionado sobre declarações de um dos potenciais candidatos à presidência do clube, Dias Ferreira, segundo as quais conta com Sousa Cintra para a presidência da SAD após as eleições de dia 08 de setembro, este fechou, aparentemente, a porta a essa possibilidade.
“Toda a gente sabe que não sou candidato a nada. Faço o meu trabalho e não vou pronunciar-me sobre nenhuma candidatura. Darei todas as informações e esclarecimentos ao dr. Dias Ferreira, como a todas as restantes candidaturas”, rematou Sousa Cintra.
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