Fãs da Eurovisão irritados com votos norte-americanos: “Este show é nosso”
Festival Eurovisão da Canção passa a contar com votos do “Resto do Mundo”, uma decisão que tem por objetivo manter o concurso “emocionante”.
Alguns fãs do Festival Eurovisão da Canção estão enfurecidos com a organização do evento no qual Portugal está representado por Mimicat. Em causa está o facto de os norte-americanos terem a possibilidade de votar nos seus temas preferidos. A final do certame acontece já no sábado (13) em Liverpool. E a abertura de votos a países não europeus poderá desempenhar papel fundamental na escolha do vencedor.
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Este será o primeiro ano em que os norte-americanos podem participar na votação. Algo que a organização justifica com a vontade de manter o concurso “emocionante”. Isto à medida que o evento se organiza do 70.º aniversário. Assim, passa a existir a votação do “Resto do Mundo”. Que é feita online com o pagamento de uma taxa de 99 cêntimos. Esta é já vista como uma das mais radicais mudanças que aconteceram ao longo dos 67 anos do Festival Eurovisão da Canção. O que significa que ao júri composto por profissionais da música e aos cidadãos dos países a concurso (que não podem votar no tema do seu país) juntam-se os votos do resto do mundo.
“Por que devo importar-me com o que os americanos pensam?”
“Os votos dos países que não participam serão combinados para criar um conjunto de pontos com o mesmo peso de um país participante nas semifinais e na grande final. Isso afetará marginalmente o equilíbrio percentual de 50/50 entre os pontos do júri e os pontos do público. Dando ao público em geral um pouco mais de impacto no resultado final – aproximadamente 50,6%”, explica a organização, com declarações citadas pelo Daily Star.
Quem não parece muito convencido com esta medida é o público da Eurovisão. “Não tenho certeza de como me sinto sobre adicionar um voto do ‘resto do mundo’ para a Eurovisão. Precisamos parar de dar aos americanos a impressão de que vamos deixá-los entrar”, partilha uma pessoa no Twitter. “Por que devo importar-me com o que os americanos pensam? Este é o nosso show”, defende outro.
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Texto: Bruno Seruca
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