Jogo online contribui para um mercado mais diverso, concluem estudos
Estudos concluem que as tecnologias contribuíram para que a indústria do jogo se tornasse mais diversa do que nunca, não só ao nível do alcance geográfico como da igualdade de género.
A indústria do jogo não apareceu hoje. A humanidade joga e aposta há milhares de anos, e os casinos modernos são uma invenção com vários séculos. Contudo, foi apenas nas últimas duas décadas que as tecnologias de informação passaram a estar no centro da indústria do jogo. A criação de um setor hoje conhecido como iGaming levou a uma explosão no número de jogadores: sem necessidade de deslocações físicas, cada vez mais pessoas passaram a apostar a partir do conforto de casa, através do computador ou telemóvel.
Contudo, as tecnologias não mudaram apenas a prevalência do jogo: também mudaram a sua própria natureza. Estudos concluem que as tecnologias contribuíram para que a indústria do jogo se tornasse mais diversa do que nunca, não só ao nível do alcance geográfico como da igualdade de género.
O que mudou com o jogo online?
Um estudo publicado pela Translation Royale demonstrou que a tecnologia contribuiu para que um grupo mais diverso de pessoas se passasse a dedicar ao jogo. As mulheres são o grande destaque. Se em tempos os clientes de casinos eram maioritariamente homens, hoje é possível dizer que as mulheres compõem um mínimo de 30% e um máximo de 40% do mercado de iGaming.
As mulheres continuam assim a ser uma minoria, mas os números apontam para um crescimento impressionante. Na Europa, a Suécia conta com a maior percentagem de jogadoras femininas. Seguem-se países como o Reino Unido, a Itália, e a Espanha.
Poker é um dos principais casos de estudo
Na indústria do jogo, poucas modalidades lucraram tanto com o advento do iGaming como o poker. Um jogo de cartas clássicos, o poker também reflete o maior alcance geográfico e de género associado ao setor do jogo online. Neste ponto, as mudanças refletem-se mesmo ao nível do poker profissional de torneio.
Dentro e fora de Portugal, qualquer pessoa pode jogar online contra centenas de adversários a qualquer momento em sites de poker. Esta possibilidade abriu as portas do poker a novos talentos que nunca se destacariam em casinos tradicionais: alguns começaram pouco depois dos 18 anos (altura em que a maioria dos jovens ainda não se desloca a casinos) e muitos vieram de países na Ásia ou na Europa do Norte, longe de grandes centros de jogo como Las Vegas ou o Mónaco.
Há cada vez mais jogadoras de poker profissional
Pela possibilidade de jogar e treinar online, as mulheres também começaram, lentamente, a penetrar no mundo do poker profissional, outrora abundantemente dominado por homens. Jogadoras como Victoria Coren Mitchell, Loni Harwood, Jennifer Harman, ou Vanessa Rousso recorreram à Internet não só para aprenderem mais sobre o poker como para promoverem a sua atividade enquanto jogadoras.
As tecnologias de informação permitem que todos tenham acesso às mesmas oportunidades, sem o preconceito ou receio habitualmente associado a atividades física—como, por exemplo, entrar num casino apenas frequentado por homens. Num momento em que o mundo parece cada vez mais aberto a novas oportunidades, os números parecem demonstrar que também o iGaming se está a tornar numa indústria diversa e aberta a todos e todas.
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