Succession, a série que alcança o que poucas conseguem: um final perfeito

Último episódio de Succession está a ser amplamente elogiado pela crítica que fala mesmo em perfeição. E pode ler o texto à vontade que não existem spoilers.

Succession, a série que alcança o que poucas conseguem: um final perfeito

Muitas são as séries de sucesso mundial que deixam os fãs desiludidos. Tudo por causa de finais que acabam por não ser do agrado daqueles que acompanharam atentamente cada momento. Este não parece ser o caso de Sccession, que conta a história da luta pelo poder entre os filhos do magnata dos média Logan Roy. A série, disponível na HBO, chega ao fim depois de quatro temporadas e a crítica está rendida ao episódio final. Há quem fale mesmo em perfeição e compare a escrita com a de William Shakespeare.

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Lucy Mangan, do Guardian, compara a série a Rei Lear e Macbeth de Shakespeare. “Foi Succession no seu melhor. E isso diz algo”, escreve. “Por que este final foi tão brilhante? Porque tinha de tudo: comédia, tragédia, reviravoltas, diálogo de primeira. Até, surpreendentemente, um toque de sentimentalismo”, defende Carol Midgley, do The Times. Por sua vez, Ed Power, do Daily Telegraph, refere que “finais perfeitos são difíceis de conseguir, e [o argumentista Jesse] Armstrong chegou perto”. Salientando ainda que “não foi tão shakespeariano quanto esperávamos”.

“Succession sempre foi sobre a adesão do seu público, não do seu tamanho e da sua popularidade”

Brian Lowry, da CNN, socorre-se de uma metáfora aquática para descrever o episódio final. Destacando que os filhos de Roy “deram um mergulho agradável juntos no final de Succession. Que acabou sendo um prelúdio perfeito para a demonstração da despedida do show sobre os perigos de nadar com tubarões”. Já Adam S Levy, do Daily Mail opta por falar do potencial legado que o formato deixa. “Succession sempre foi sobre a adesão do seu público, não do seu tamanho e da sua popularidade entre os média costeira [costa leste, incluindo Nova Iorque e Flórida, e costa oeste, Califórnia, regiões influentes] e os grupos de definição de agenda que o programa retrata e atrai significa que o final provavelmente deixará uma marca cultural”, opina.

Para Daniel Fienberg, do The Hollywood Reporter, tratou-se de um “brilhante pesadelo familiar”. Que apelida de “final sublime para um programa de televisão sublime”. Emily Baker, do iNews vai ainda mais longe. “Indefinido, astuto e firmemente intransigente até o fim. Succession é a melhor série de televisão já feita”, argumenta. Philippa Snow, do The Independent define o último episódio como “poético e violento”. Alison Herman, da Variety, fala da série como “um bumerangue que atingiu sempre o alvo”.

Succession “chegou a um final adequado com um final perfeitamente doloroso”

E os elogios não se ficam por aqui. Dominic Patten, do Deadline, salienta “o final belo e brutal da sátira. Foi delicioso ver. Este final muito satisfatório foi escrito por Armstrong como uma prova do verdadeiro poder da palavra e daqueles que a trazem para a página”. Priyam Marik, do Telegraph India, defende que Succession “chegou a um final adequado com um final perfeitamente doloroso” com uma “conclusão convincente e catártica para uma história que será difícil de igualar”. Já Linda Holmes, da NPR, realça que “é exatamente o final certo para este programa. O que posso dizer? É um dos meus programas favoritos de todos os tempos. Brilhantemente protagoizado, escrito, realizado… e muito divertido de se falar.”

“Parte da magia e do mistério de Succession é como um programa dedicado a pessoas tão repreensíveis pode ser tão agradável”, defende Joshua Chaffin nas páginas do The Financial Times . “Foi como se o criador do programa, Jesse Armstrong, erguesse um espelho para a nossa sociedade decadente e nos dissesse, de forma tranquilizadora, ‘eu vejo-te’”, termina.

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Texto: Bruno Seruca
Fotos: Reprodução IMDb

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