Distúrbios de personalidade afetam como nunca portugueses e brasileiros
Brasil é o país mais ansioso do Mundo e Portugal está em segundo, na Europa. Fato que torna as populações mais suscetíveis a distúrbios de personalidade como o Transtorno de Personalidade Histriónica (TPH) e o Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN).
Comportamentos como o negacionismo, o orgulho exacerbado, vitimização, menor empatia e necessidade de chamar a atenção estão ligados à realidade cultural e social em que vivemos atualmente. Este conjunto de fatores propicia o momento ideal para o surgimento de distúrbios de personalidade que, não tendo necessariamente origem genética, podem passar a fazer parte da genética luso-brasileira e serem transmitidos às gerações futuras. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), Portugal é o segundo país mais ansioso da Europa, atrás apenas da Irlanda do Norte.
Segundo os mais recentes dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil enfrenta uma situação ainda preocupante: é o país mais ansioso do Mundo. Como resultado disto, nos países-irmãos tende a haver cada vez mais transtornos negativos para a sociedade – atual e futura –, como o Transtorno de Personalidade Histriónica (TPH) e o Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN).
O Transtorno de Personalidade Histriónica (TPH) é a única categoria moderna em classificações de diagnóstico que conserva um derivado do antigo conceito da histeria da psicanálise. É caracterizado por um padrão generalizado de excessiva emocionalidade e busca de atenção. O Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN) é um padrão generalizado de grandiosidade, necessidade de adulação e falta de empatia.
Existem outros transtornos de personalidade que podem ser identificados, ao avaliar os comportamentos comuns à sociedade – em particular na brasileira –, como o transtorno de Personalidade Limítrofe (TPL), Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS) e Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Todos estes distúrbios fazem parte das perturbações das personalidades dramáticas e vinculam-se à necessidade de libertação de neurotransmissores, que resultam no bem-estar e na felicidade.
Ou seja, atualmente, principalmente no Brasil, vive-se a fase das personalidades dramáticas. Os deficits nas funções de atenção, memória, linguagem, abstração, planeamento e sequenciamento de comportamento e no desempenho neurocognitivo são cada vez mais relatados nos consultórios. O excesso de ansiedade ativa o sistema límbico, evocando naturalmente memórias negativas. Quanto mais constante e intensa a ansiedade, mais o ser humano entra numa atmosfera negativa.
Por isso, o nosso organismo está em constante estado de busca por felicidade e sensações de bem-estar. Pessoas perturbadas ou transtornadas, como consequência do ciclo “ansiedade-instinto-negatividade-felicidade” e as suas disfunções possuem alterações em que prevalecem a emoção e a razão é distorcida. Portanto, são necessárias criações de terapias, como a psicoconstrução, que procuram a alteração de hábitos não só de alimentação e exercício físico, mas também direcionadas para os neurotransmissores.
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