De acordo com um relatório divulgado ontem pelo FBI, as perdas por crimes relacionados com o ciberataque aumentaram significativamente em 2021. As perdas – localizadas principalmente nos EUA, mas registadas em todo o mundo, incluindo Portugal – são estimadas em 6,4 mil milhões de euros no ano passado, acima dos 3,8 mil milhões registados em 2020. O crime mais dispendioso registado pelo FBI foi o comprometimento de e-mail comerciais e pessoais, que visa empresas e indivíduos que se envolvem em transferências eletrónicas. Em 2021, quase 2,2 mil milhões de euros foram perdidos desta forma.

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O relatório foi divulgado depois dos alertas dos EUA sobre um aumento esperado nos ciberataques russos como retaliação às sanções impostas ao país após a invasão da Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, alertou as empresas de que as suas vulnerabilidades podem ser exploradas por agentes russos. Outros dos ataques informáticos ao ‘coração’ das empresas dizem respeito a violações de dados pessoais e corporativos, que ocorrem quando os hackers roubam ou divulgam dados pessoais de indivíduos ou empresas armazenados em locais alegadamente seguros.

O governo dos EUA alertou também sobre possíveis ciberataques russos a infraestruturas como na rede elétrica, estações de tratamento de água ou hospitais. Os direcionados a indivíduos também se tornaram mais lucrativos, com ataques a sites investimento, de romance, de imóveis e de suporte técnico, tendo atingido mais de 2,7 mil milhões de euros. A fraude relacionada com a área do investimento também foi o ciberataque que mais cresceu em comparação a 2020, tornando-se 333% mais lucrativa, seguida das violações de dados pessoais e de golpes de suporte técnico. De todas as vítimas registadas pelo FBI, 59% estavam localizadas nos EUA, 38% no Reino Unido e 3% em outros lugares.

Statista

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