O neurocientista Dr. Fabiano de Abreu explicou que, antigamente admirava-se a inteligência e os génios da época tinham oportunidades justamente pelo facto de as pessoas sentirem admiração por eles. “As pessoas apostaram neles. Hoje em dia, passa despercebido no meio da multidão. Se tem uma boa ideia ou um pensamento revolucionário, as outras pessoas vêm isso como competição pois estamos a viver uma era narcisista“, afirmou.

Diante disso, se destacar, que é algo que as pessoas com inteligência acima da média fazem, pode acabar parecendo um problema para as demais pessoas. Para o PhD em neurociências, “vão existir pessoas que vão tentar negligenciar a capacidade intelectual dos outros. É necessário ter coragem para se sobressair”. O especialista disse ainda que essa era narcisista dos dias atuais deve-se muito às famosas redes sociais, em que há uma certa disputa entre quem tem a melhor vida.

«Cultura da rede social aumenta o narcisismo que já é inerente aos humanos»

“Dentro dessa cultura de rede social, em que o que se publica é o que te define, as pessoas competem entre si para serem aceites. A cultura da rede social aumenta o narcisismo que já é inerente aos seres humanos”, disse. O professor explicou também que quando estamos atrás de uma tela, estamos mais sozinhos, porque a interação real e humana ao nosso redor acaba diminuindo. “Se tivéssemos uma interação maior entre as pessoas, a necessidade de aceitação não seria tão grande assim.”

Créditos: Divulgação / MF Press Global / Pixabay

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