Negócio do crime informático cresce de forma ameaçadora
Ano 2021 foi o pior da História da Internet para quem é um simples utilizador. Para quem se dedica ao ‘negócio’ do crime informático, foi um ano em grande.
O Internet Crime Complaint Center (IC3) do FBI – que regista todas as queixas de crime informático – divulgou o Relatório de Crimes na Internet de 2021. Nesse ano, bateram-se todos os recordes em número de vítimas de crimes cometidos através da Net. E foi, consequentemente, o ano com maiores perdas financeiras. Só nos Estados Unidos da América, em 2021 foram registadas pelo IC3 847.376 reclamações, equivalentes a perdas totais no valor de 6,9 mil milhões de dólares (6,5 mil milhões de euros).
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Qual o tipo de crime informático mais frequente
Os crimes mais frequentes registados em 2021 foram alguma forma de Phishing/Vishing/Smishing/Pharming. Os esquemas Business Email Compromise e Email Compromise (BEC/EAC) foram os que acabaram por tornar-se nos mais dispendiosos para empresas e particulares – 2,4 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros). O registo do ano 2020 distingue-se pelo surgimento de esquemas que exploraram a pandemia de covid-19, com empresas e particulares a serem altamente visados.
Foram feitas cerca de 28.500 reclamações relacionadas com golpes ligados direta ou indiretamente à covid-19 naquele ano. A maioria dos crimes informáticos ligados à pandemia diziam respeito a auxílio, segurança e outros meios. Em 2021, a pandemia ainda continuou a ser aproveitada, como se lê no relatório do IC3 – Centro de Queixas para Crimes Informáticos, em tradução livre. “A pandemia e as restrições às reuniões presenciais levaram ao aumento das práticas de teletrabalho ou comunicação virtual.” Neste contexto, “essa dependência de reuniões virtuais foi usada para instruir as vítimas a enviar transferências eletrónicas fraudulentas”.
Statista
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