O Dia da Sobrecarga da Terra chegará em 28 de julho deste ano. Isto significa que em apenas em sete meses deste ano, já teremos usado todos os recursos naturais que o Mundo pode regenerar num ano. Em Portugal, a data envergonha-nos ainda mais: atingimo-lo em 6 de maio. Os últimos cinco meses de 2022 consumirão recursos que – sem o Planeta B – simplesmente não podemos recuperar.

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A pandemia levou a pegada ambiental global da Humanidade a diminuir, com o Earth Overshoot Day a ocorrer mais tarde do que o habitual em 2020, em 22 de agosto. Foi ‘sol de pouca dura’, já que em 2021 regrediu mais uma vez, para 29 de julho, o mesmo dia de 2019.

As datas de superação dos países deste ano, divulgadas pela Global Footprint Network, revelam uma perspetiva extremamente assustadora. Não apenas mostram até que ponto estamos a extrair os recursos do Planeta em excesso, mas sublinham também as extremas desigualdades que existem entre países.

O gráfico no final do artigo mostra que o Catar, país relativamente pequeno e rico, é o que mais recursos consome. Se todo o Planeta consumisse recursos ao ritmo do Catar, teríamos atingido o nosso limite de 2022 em 10 de fevereiro. Enquanto isso, Indonésia, Jamaica e Benin são três dos poucos países que ultrapassaram os dias em dezembro. O consumo dos recursos naturais parece estar dividido entre os países mais ricos e industrializados e os de menor rendimento. Apenas 50 países não sobrecarregam os recursos naturais e, portanto, não têm um Dia de Sobrecarga da Terra.

De acordo com o relatório de metodologia da Global Footprint Network, as descobertas têm em consideração quantos recursos um país tem e quanto é necessário para satisfazer a procura de alimentos da sua população, de madeira, de produção de energia, de absorção de resíduos e de espaço para estradas.

Statista

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