Frascos de tempero têm mais bactérias do que caixotes do lixo
Cientistas da Universidade de Rutgers descobriram que menor zelo em higienizar os os frascos de tempero aumentam o risco de infeção bacteriana.
Um novo estudo elaborado pela Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, prova que os frascos de tempero podem conter mais microrganismos do que tábuas para corte de carne e caixotes do lixo. O hábito de guardar este tipo de recipientes de especiarias junto ao fogão, ao alcance das mãos para uso rápido no tempero dos alimentos, aumenta o risco de contaminação cruzada, multiplicando o risco de doenças como a salmonela.
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O estudo, encomendado pelo Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), foi publicado na revista científica Journal of Food Protection. Os cististas da Escola de Ciências Biológicas e do Meio Ambiente daquela universidade norte-americana fizeram testes com 371 adultos que deveriam cozinhar uma receita de hambúrguer de peru em diferentes modelos de cozinha. Alguns frascos de tempero foram propositadamente contaminados para a experiência.
Frascos de tempero são alguns dos objetos negligenciados na desinfeção de utensílios de cozinha
A substância contaminadora é o bacteriófago MS2, vírus que infecta bactérias, mas que é inofensivo para os seres humanos. O intuito era avaliar a circulação dos microrganismos em superfícies e utensílios dispostos em diferentes posições. Os autores do estudo afirmaram-se “surpreendidos com a descoberta de que 48% dos frascos de tempero estavam contaminados e continham mais microrganismos do que as tábuas para corte de carne e as tampas dos caixotes do lixo”.
“A maioria das experiências sobre a contaminação cruzada de superfícies de cozinha devido ao manuseio de carne crua ou aves concentrou-se em tábuas de corte de cozinha ou torneiras, negligenciando superfícies como recipientes de especiarias, tampas de caixotes do lixo e outros utensílios”, afirmou o professor e coautor do estudo Donald Schaffner, em comunicado.
Schaffner afirmou ser possível prevenir a contaminação com o manuseio correto dos alimentos, incluindo a higiene adequada das mãos, das superfícies que contactam com o alimento e a sua correta confeção.
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