O horário de trabalho tradicional ainda faz sentido em 2022?
O horário de trabalho flexível e remoto é cada vez mais desejado pelos funcionários e “os empregadores devem enfrentar este desafio, ou correm o risco de perder os melhores talentos”.
Depois de experimentarem o teletrabalho durante a pandemia de covid-19, os funcionários desejam agora flexibilidade maior no que diz respeito ao horário de trabalho. De acordo com um relatório da Adobe, 51% dos funcionários corporativos gostariam de ter total flexibilidade quando se trata da agenda, em contraste com apenas 16% dos entrevistados que disseram que a semana de trabalho ideal não teria flexibilidade alguma, mas sim “começar e terminar o trabalho de acordo com um horário de trabalho definido”.
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O relatório de 2021 The Future of Time (O Futuro do Tempo) afirma que esse desejo de uma abordagem flexível foi encontrado em todos os sete países estudados – Reino Unido, EUA, Austrália, Nova Zelândia, França, Alemanha e Japão. Destes, os alemães foram o grupo mais interessado em adotar horários de trabalho flexíveis, com 56% dos entrevistados a apoiarem a medida. Também foram o grupo com a maior percentagem de pessoas atualmente têm um estilo de vida mais flexível, com 39%. Atualmente, o Japão tem a menor proporção de pessoas a trabalharem em horários flexíveis entre os sete países pesquisados, com apenas 12%, mas também teve quase metade (48%) dos entrevistados a estarem de acordo com trabalhar de forma menos restritiva no futuro, se possível.
As gerações mais jovens, em particular, parecem preocupar-se com os níveis de autonomia em relação ao horário de trabalho, com 73% dos millenials a afirmarem que mudariam de emprego para outro com maior flexibilidade se o salário e a descrição do trabalho permanecessem os mesmos, de acordo com o relatório. Ao mesmo tempo, como escreve Wrike, um aumento nos horários de trabalho flexíveis também pode ajudar na igualdade de género, pois os pais podem partilhar os cuidados infantis. Esta tendência parece estar a ganhar força, pois tem havido cada vez mais mais empresas a adotarem a ideia – e até governos –, já que, por exemplo, a Irlanda prepara-se neste momento para implementar o direito de solicitar acordos de trabalho flexíveis, de acordo com a RTÉ.
Os tempos mudaram desde que Henry Ford introduziu turnos de 8 horas para os trabalhadores da fábrica, no início de 1900. Como escreve a Forbes, viver numa economia de serviços não é o mesmo do que numa economia industrial. Agora, temos a tecnologia para nos ligar a colegas em diferentes fusos horários de forma instantânea e, para muitas pessoas, os padrões sociais mudaram por completo. Como a Adobe escreve, “os empregadores devem enfrentar estes desafios, ou correm o risco de perder os melhores talentos”.
Statista
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