Ignorar o tema na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que terá lugar em Lisboa entre 27 de junho e 1 de julho, seria imperdoável. Das 5.610 espécies de coral identificadas, estima-se que 232 estejam ameaçadas de extinção, de acordo com a Lista Vermelha da IUCN. Embora à primeira vista este número possa parecer baixo, é difícil subestimar a importância de recifes de coral saudáveis ​​para o ecossistema marinho. Os recifes cobrem apenas 0,1% do Planeta, mas abrigam cerca de 25 a 30% de toda a vida aquática. Esta proporção destaca a necessidade de mais esforços de conservação para minimizar o impacto humano nestes ecossistemas. Como mostra o gráfico no final do artigo, baseado em dados do Atlas Allen Coral, 0,1% não parece tão pequeno quando colocado em perspetiva.

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O extenso banco de dados concluído em setembro de 2021, que, segundo os seus criadores, mapeia todos os recifes de coral de águas rasas do mundo, apresenta a área coberta por estes tipos de recifes em cerca de 157 mil quilómetros quadrados (97 mil milhas). Isto é, de facto, maior do que a área terrestre de Portugal (92 mil quilómetros quadrados) e apenas um pouco menor do que o tamanho do Saara Ocidental. Embora a inclusão de corais abaixo de 15 metros desse um aumento significativo nesse número, a falta de dados de mapeamento impede comparações confiáveis ​​e precisas.

De acordo com Our World in Data, os recifes de coral enfrentaram um aumento no stresse de fontes naturais no passado, mas a ação humana exacerbou alguns desses problemas. As três principais ameaças de origem humana que os recifes enfrentam atualmente são as emissões de gases de efeito estufa que levam à acidificação dos oceanos e águas mais quentes, atividades de pesca e transporte, bem como poluição por escoamento de águas residuais, sedimentação e espécies invasoras.

Statista

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