Onde tiveram mais sucesso os populistas da extrema-direita na Europa
Marine Le Pen, do partido populista Rally Nacional, enfrenta neste domingo Emmanuel Macron na etapa final das eleições presidenciais francesas. E no resto da Europa como se saíram os partidos de extrema-direita?
Marine Le Pen, do partido populista de extrema-direita Rally Nacional, enfrenta neste domingo Emmanuel Macron na etapa final das eleições presidenciais francesas. Na primeira volta da corrida presidencial, Le Pen alcançou 16,7 por cento dos votos, perdendo apenas para os 20,1% de Macron, qualificando-a para a segunda volta.
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Como é possível ver-se no gráfico no final do artigo, este tipo de incidente não é incomum em países europeus. Partidos populistas de extrema-direita conquistaram ainda mais sucesso a nível nacional em vários países, recentemente. Dos dez selecionados neste gráfico, o apoio aos populistas foi mais forte na Polónia e na Hungria, onde Fidesz e Lei e Justiça (PiS) são os partidos governantes. Com exceção de alguns países da Europa Ocidental, estes dois partidos, bem como o Rally Nacional, em França, são realmente mais antigos do que a recente onda de sentimento populista no continente, que em Portugal tem expressão nos 7,18% de votos no Chega, de André Ventura, representando 12 deputados.
Enquanto muitos partidos de extrema-direita foram fundados mais recentemente, numa tentativa de desafiar o status quo político, o Fidesz e o PiS redirecionaram-se para uma agenda mais populista, muitas vezes criando discussões sobre se verdadeiramente podem ser considerados populistas, uma vez que são anteriores ao mais recente ressurgimento deste movimento na Europa.
O mesmo vale para o Partido do Povo Suíço de 1971, que recebeu mais de 25% dos votos nas últimas eleições nacionais do país, em 2019, tornando-se no maior partido. O Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), fundado em 1956, recebeu 16,2% dos votos no mesmo ano, mas, devido a um escândalo, entrou na oposição depois de ter governado em coligação com o conservador ÖPV, desde 2017.
Ao contrário da perceção, os partidos populistas mais recentes não se saíram tão bem no velho continente e tiveram problemas para ganhar eleições ou para entrar em coligações governamentais. Alternativa para a Alemanha (AfD) – fundado em 2013 – teve apenas pouco mais de 10% dos votos nas últimas eleições do país, em 2021, enquanto o espanhol Vox – também com menos de dez anos – alcançou 15%, em 2019. O Partido do Brexit – rebatizado Reform UK – alcançou apenas 2%, em 2019, enquanto o infame UKIP, agora caído na obscuridade, atraiu o mesmo número de eleitores, em 2017.
Statista
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