A população da União Europeia (UE) diminuiu pelo segundo ano consecutivo, refletindo os impactos devastadores do coronavírus, segundo o Eurostat. A população vinha a aumentar a cada ano, atingindo o pico pré-pandemia de 447.485.231 pessoas, em 1 de janeiro de 2020. Em 2021, havia já registo de 447.000.548 pessoas nos 27 países e o número caiu para 446.828.803, no início deste ano.

Para ler depois
Fogos neste ano queimaram 3 vezes mais área da Europa do que nos últimos 12 anos
Portugal não é exceção, mas a onda de calor deste ano castigou mais Espanha e França, países onde a área ardida corresponde a 40% do total dizimado pelos fogos em toda a Europa (… continue a ler aqui)

Embora a covid seja provavelmente o principal fator para este declínio, não será a única causa. A UE tem a população envelhecida – já que uma em cada cinco pessoas têm, hoje, mais de 65 anos. Ao mesmo tempo, estão a nascer menos bebés, tendo a taxa caído de 10,2 nados-vivos por cada mil habitantes em 2001 para 9,1 em 2020, de acordo com o relatório Demografia da Europa 2022 do Eurostat. Quer isto dizer que a mudança natural da população da UE é negativa. Embora tenha sido assim por cerca de uma década, este ‘encolhimento’ foi mascarado pelo impacto positivo líquido da migração, temporariamente congelada devido às proibições de viagens na pandemia.

Estes dados chegam no momento em que o Mundo se aproxima da marca de 8 mil milhões de habitantes Apesar dos declínios naturais na Europa, e em vários outros países, o Planeta está cada vez mais populoso, embora com a taxa de crescimento mais lenta desde 1950. A Índia deve tornar-se no país com mais habitantes do mundo a partir de 2023, ultrapassando a China, segundo a ONU. Uma população crescente significa que haverá maior procura por alimentos, água e energia, colocando mais pressão sobre os nossos recursos.

Texto: Luís Martins;
Infografia: Statista;
Foto: Sebastian Meier

Siga a Impala no Instagram