Mais de metade dos trabalhadores portugueses não recebe pelas horas extra
Os resultados do estudo revelam que mais de metade dos portugueses não recebem pelas horas extra e um terço encontram-se em risco de esgotamento.
A DECO divulgou, na publicação Dinheiro & Direitos, um estudo sobre a satisfação dos portugueses no trabalho. Os resultados revelam dados sobre o panorama laboral em Portugal e “42% dos trabalhadores trabalham mais de 40 horas semanais”. Por outro lado, adianta que “64% dos portugueses não recebe pelas horas extra”.
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A publicação afirma que “as horas complementares têm de ser pagas em acréscimo face ao horário normal”. “Mais 25% na primeira hora e mais 37,5% nas seguintes em dias úteis. Em dias de descanso e feriados, cada hora vale mais 50%”, explica a DECO. O estudo confirma ainda que o trabalho suplementar é legal, caso seja provisório e não justifique a contratação de novos trabalhadores. Relativamente às faltas devido a problemas de stress, “31% dos inquiridos afirmam que faltas tiveram impacto negativo na sua situação profissional”.
Stress no trabalho
stress é um problema do século XXI. Quem o confirma são os dados apresentados pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho. A nível mundial, o custo dos problemas relacionados com o stress no trabalho é superior a 240 mil milhões por ano. Cerca de 136 mil milhões de euros são relativos a perdas de produtividade, como incluindo baixas por doença. 104 mil milhões de euros são relativos a custos associados a tratamentos e acompanhamento.
Na Europa, o stress ligado à atividade profissional é o segundo problema de saúde mais frequente. Neste contexto, 50% dos trabalhadores considera o stress algo comum no local de trabalho. Mais de metade dos dias de trabalho perdidos são devido ao stress ligado à atividade profissional. Em Portugal, em 2016, aproximadamente 15% das pessoas ativas em Portugal estavam com um esgotamento, devido ao trabalho. As áreas mais afetadas são a Saúde e Educação. De referir que em 90% das empresas existe um médico de trabalho, mas apenas 12.5% conta com um psicólogo.
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