Tecnologia na educação: Problema ou solução?

O uso de tecnologia na educação acelerou com a chegada da pandemia. No entanto, até que ponto essa mudança é positiva?

Tecnologia na educação: Problema ou solução?

A pandemia foi um grande agente de popularização do uso de tecnologias digitais na educação, apesar de ser uma evolução necessária para o contexto da nossa sociedade altamente tecnológica, essas mudanças não devem ser tidas como soluções máximas para as falhas na educação. É o que afirma Fabiano de Abreu, pós-doutorado em neurociências e mestre em psicologia, no artigo Formatando uma personalidade pelo uso moderado e estipulado das telas, publicado pela Revista Multidisciplinar de Ciência Latina.

“O uso dos computadores na educação não pode mais ser questionado, porém não se deve adotá-lo como uma solução utópica para os problemas educacionais. Se a realidade atual mostra grandes transformações em todas as áreas da vida humana, os movimentos e as práticas educacionais não estão e nem poderiam estar alheios a esses factos.”

Novo modelo de sociedade = Novo modelo de educação

Após a globalização, a sociedade sofreu diversas mudanças que se refletem até os dias de hoje, o surgimento e a expansão da internet, apesar de relativamente recente, sofreu uma evolução muito rápida o que formou uma geração já nascida imbuída nas tecnologias digitais. Esse novo modelo de sociedade criou os chamados nativos digitais, que praticamente desconhecem a forma analógica, o que gera um confronto com o modelo de ensino tradicional que vigora há décadas. Mudanças nesse modelo de educação são necessárias para que ele se adapte às necessidades das novas gerações. Ainda assim, essas mudanças devem ser feitas com muito cuidado para que não acabem por estimular a ausência de diálogo, relações superficiais, transtornos de ansiedade e dependência digital.

Tecnologia na educação infantil

Outro ponto muito debatido sobre o uso de tecnologias na educação é a sua utilização na alfabetização de crianças nos primeiros anos da vida escolar. Para essa faixa etária também vale a mesma regra da utilização de tecnologias com algumas ressalvas. Se bem utilizadas, podem tornar-se grandes aliadas na formação das crianças.

“Se nos aparelhos das crianças estiverem instaladas apenas jogos de lógica, memória e que trazem um exercício do cérebro para ajudar no desenvolvimento mental das crianças e forem removidos os aplicativos como YouTube e outras redes sociais, além de serem retiradas as notificações do aparelho, isso traz um desenvolvimento de foco na criança durante a utilização, sem a distração a que estamos acostumados durante o dia a dia, trazidas pelas redes sociais e pelas constantes notificações.

Portanto, é possível que o uso de tablets e celulares durante a fase infantil de 2 a 3 anos de idade seja algo produtivo que possa trazer conhecimento e formatar uma personalidade curiosa na criança, caso seja administrada de forma moderada e restrita”. Como tal, não se deve ignorar a expansão da internet e das tecnologias digitais, limitando o modelo educacional ao mesmo formato já ultrapassado utilizado décadas antes do surgimento da internet, no entanto, essa mudança deve ser feita com bastante cuidado para não trazer prejuízos à formação das crianças.

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