Desde que o deputado conservador Neil Parish renunciou, depois de colegas do sexo feminino terem relatado que ele consumia conteúdos adultos considerados pornografia enquanto participava nas sessões parlamentares inglesas, tem havido muita discussão sobre por que alguém pensa ser aceitável assistir a conteúdos pornográficos no local de trabalho. Martin Preston, especialista em vícios da Private Rehab Clinic, da Delamere, alertou para o facto de que assistir a estes vídeos no local de trabalho – ou num espaço público – pode ser um sinal de alerta de vício.

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O uso compulsivo de pornografia e outros comportamentos sexualmente compulsivos – como qualquer processo viciante – prospera muitas vezes na vergonha e no sigilo. Muitos dos que sofrem com o vício da pornografia têm por norma outros vícios e pedir ajuda nem sempre é fácil. Reconhecer no entanto o problema e pedir ajuda é o primeiro passo positivo para a cura.

Trauma e vício são muitas vezes ligados. O comportamento que impulsiona o vício, seja beber, consumir cocaína ou agir sexualmente, é simplesmente sintoma de outra coisa num nível mais profundo – muitas vezes subconsciente. O primeiro passo, depois de recebidos nas clínicas de reabilitação, é ajudar os pacientes a descobrirem a causa do seu comportamento através de terapia, atividades criativas e trabalho somático para criar transformações pessoais e mudanças duradouras.

O que é o vício em pornografia

O vício em pornografia verifica-e quando um indivíduo que acessa e visualiza compulsivamente material pornográfico de forma descontrolada sobre os seus comportamentos de visualização de pornografia – trata-se, em última análise, de vício comportamental. Embora estes não sejam tipicamente tão prejudiciais quanto os ligados a substâncias, devem ser tratados com máxima seriedade.

O acesso a conteúdos pornográficos é hoje, mais do que nunca, mais extremamente facilitado, o que levou a um aumento significativo do número de pessoas que assistem a pornografia online. Embora assistir a pornografia não seja necessariamente um comportamento errado, quando se torna excessivo ou tem impacto negativo na sua vida e na capacidade de funcionar – um sinal de que os seus hábitos de visualização se tornaram problemáticos. Se acharmos que estamos viciados em pornografia, ou conhecermos quem esteja, o passo aconselhado é simples: contactar os especialistas.

Sinais e sintomas

Como assistir a pornografia é uma atividade naturalmente privada, pode ser difícil identificar um vício em alguém próximo. Saber se os seus hábitos estão a tornar-se obsessivos e destrutivos também pode ser extremamente difícil de avaliar. Duas das quatro associações clínicas do vício comportamental podem ser aplicadas ao determinar-se se o consumo de pornografia pode estar entrar no território do descontrolo:

01. Problemas sociais – Adiar constantemente  e deixar acumular as coisas mais simples por fazer, em casa, na escola ou no trabalho por causa do comportamento;
2. Controlo prejudicado – Não apenas o comportamento toma conta de nós ao ponto de tornar-se num desejo, como também não termos sucesso nas nossas tentativas de reduzi-lo ou controlá-lo.

Dez sinais que podemos observar em nós

– Querer sempre mais e sentirmos que não podemos parar;
– Sensação de que o comportamento está fora de controlo;
– Perde frequentemente a noção do tempo ao assistir a pornografia;
– A nossa mente está constantemente a pensar no assunto;
– Sentirmo-nos deprimidos, culpados ou envergonhados dos nossos hábitos de visualização;
– Perder a atração e não conseguir encontrar satisfação na intimidade física;
– Gastar dinheiro excessivo em conteúdos pornográficos;
– Estarmos distraídos de outras áreas importantes das nossas vidas;
– Tendência a gastar cada vez mais tempo a planear e a procurar pornografia;
– Mudanças dramáticas de humor ligadas à exibição repetida de conteúdos pornográficos.

Seis sinais que podemos observar no viciado

– Tornar-se mais distante e não querer socializar com tanta frequência;
– Aparentar estar no limite, ansioso ou distraído;
– Tornar-se mais reservado e defensivo;
– estar cada vez mais e querê-lo cada vez mais frequentemente estar sozinho;
– Diminuição da saúde e do bem-estar;
– Mudanças de humor frequentes.

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