Bactéria ultra resistente está a alastrar-se e não dá sintomas
A CRE, como é conhecida a bactéria, está a avançar mais rapidamente do que o previsto, de acordo com um estudo médico
Bactéria ultra resistente. Sem sintomas. Estas duas pequenas frases juntas podem causar algum pânico, mas vêm de um estudo divulgado esta segunda-feira e oriundo dos Estados Unidos da América.
A bactéria, conhecida como CRE, pode estar, de acordo com os investigadores, a alastrar-se mais rapidamente do que o previsto. A transmissão, diz o estudo, ocorre sem qualquer tipo de sintomas.
CRE já resistiu a 26 tipos de antibiótico
“Muitas vezes falamos sobre a crescente onda de resistência aos antibióticos em termos apocalípticos. No entanto, devemos sempre lembrar-nos que as pessoas que estão em maior risco estariam em risco de qualquer outra infeção, porque elas estão muitas vezes entre as pessoas mais frágeis no sistema de saúde. Embora o foco típico tenha sido no tratamento de pacientes doentes com infeções relacionadas à CRE, as nossa investigações sugerem que a CRE está a espalhar-se além dos casos óbvios de doença. Precisamos olhar mais atentamente para este tipo de transmissão dentro das nossas comunidades e instalações de saúde se quisermos eliminá-la”, revelou William Hanage, um dos investigadores responsáveis, de acordo com o Diário de Notícias.
Dados mostram que a CRE é responsável por 9300 infeções e 600 mortes por ano nos Estados Unidos da América. Ainda na passada semana ficou a saber-se da morte de uma mulher no estado do Nevada devido a esta bactéria. Vítima em agosto do ano passado, a bactéria resistiu aos 26 tipos de antibióticos que existem no país.
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