Ataque à produtora do Porta dos Fundos reivindicado
Episódio especial de Natal da Porta dos Fundos, com o título A primeira tentação de Cristo, onde Jesus é representado como um jovem que terá tido uma experiência homossexual, alvo de críticas.
A produtora Porta dos Fundos, responsável pela série humorística Porta dos Fundos, foi atacada durante a noite de 24 de dezembro. Nas redes sociais oficiais da empresa foi partilhado um longo texto que dá conta do ataque que foi feito ao edifício onde estão localizadas instalações da sede da produtora.
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«Na madrugada do dia 24 de dezembro, véspera de Natal, a sede do Porta dos Fundos foi vítima de um atentado. Foram atirados cocktails molotov contra o nosso edifício. Um dos seguranças conseguiu controlar o princípio de incêndio e não houve feridos apesar da ação ter colocado em risco várias vidas inocentes na empresa e na rua», informam no comunicado.
O ataque já foi reivindicado por um grupo extremista, avança a imprensa brasileira. A polícia do Rio de Janeiro terá recebido um vídeo onde um grupo de 25 pessoas assume ser o autor do ataque à sede da produtora do canal da Porta dos Fundos, na madrugada do dia 24 de dezembro. As imagens já se encontram a ser investigadas pelas autoridades, avança o jornal Estado de São Paulo, esta quinta-feira, 26 de dezembro.
«Não nos vão calar! Nunca!»
Fábio Porchat, um dos humoristas que faz parte da Porta dos Fundos já reagiu ao incidente através das redes sociais. Fábio afirma que estas atitudes contra a produtora não vão fazer com que deixem de realizar o trabalho que têm desenvolvido até então. «Não nos vão calar! Nunca! É preciso estar atento e forte…», diz.
Este ataque surge depois de a produtora ter publicado, a 3 de dezembro, um episódio especial de Natal, com o título A primeira tentação de Cristo, onde Jesus é representado como um jovem que terá tido uma experiência homossexual e onde é também insinuado que o Maria e José viveram uma relação com Deus.
O episódio foi criticado por diversos grupos religiosos que criaram uma petição contra o episódio, contando já com mais de dois milhões de assinaturas que consideram que o mesmo «ofende gravemente os cristãos».
Texto: André da Silva Carvalho e Sílvia Abreu; Fotos: Reprodução Instagram
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