Os discursos mais marcantes dos Globos de Ouro
Joaquin Phoenix, Russel Cowe e Patricia Arquette foram protagonistas de alguns dos discursos mais marcantes.
A 77.ª edição dos Globos de Ouro aconteceu na noite deste domingo, dia 5 de janeiro, no hotel Beverly Hilton, em Los Angeles, nos Estados Unidos da América. O evento acabou por ser palco de alguns discursos sobre assuntos que têm marcado a atualidade mundial. A crise entre o Irão e os EUA, as alterações climáticas e os incêndios na Austrália foram alguns dos temas mais abordados.
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Joaquin Phoenix, que foi distinguido como Melhor Ator pelo desempenho no filme Joker, de Todd Philips, frisou: «É simpático as pessoas enviarem os seus sentimentos à Austrália, mas temos de fazer melhor que isso!»
Sobre as presidenciais de 2020 no país americano, o artista frisou que «é bom votar», mas que «às vezes temos de pôr as coisas nas nossas mãos». Phoenix criticou ainda as celebridades que apanham «jatos privados para irem para Palm Springs», mas elogiou a atitude da Associação da Crítica Estrangeira em Hollywood, organizadora dos Globos de Ouro, de ter apresentado um menu vegetariano na gala.
Russell Crowe, venceu o Globo de Ouro para Melhor Ator em Série com Duração Limitada, mas não esteve presente em Los Angeles, devido aos incêndios na Oceania. O ator, natural da Nova Zelândia, deixou, no entanto, uma mensagem que foi lida por Jennifer Aniston. «Não temos dúvida de que este incêndio é culpa do aquecimento global. Temos que fazer algo para que todos tenhamos um futuro», escreveu.
Já Patricia Arquette, distinguida como Melhor Atriz Secundária em Série ou Filme para Televisão, surgiu no palco de óculos escuros para criticar a atual situação do seu país com o Irão. «Não vamos olhar para trás para esta noite… nos livros de história vamos ver um país à beira da guerra. Jovens a arriscar as suas vidas em viagem pelo mundo, pessoas sem saberem se vão cair bombas na sua cabeça. E o continente da Austrália em chamas», lamentou. No fim do seu discurso, a atriz apelou ainda ao voto.
Michelle Williams também o fez, defendendo ainda o direito das mulheres à interrupção voluntária da gravidez e a outras escolhas de autodeterminação. «Como mulheres e raparigas, há coisas que podem acontecer aos nossos corpos que não são nossa escolha». A atriz, que está grávida, afirmou que não estaria se não tivesse podido escolher «quando ter filhos e com quem».
«Votem de acordo com o interesse próprio», apelou, dirigindo-se às mulheres, considerando que é algo que «os homens têm feito». «É por isso que o mundo se parece tanto com eles. Vamos fazer com que se pareça mais connosco», rematou.
Texto: Ivan Silva| Fotos: Reuters
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