Jogador revela história dramática sobre cancro raro que quase o cegou
Foi durante uma viagem que jogador ficou a saber que sofria de um tipo raro de cancro cerebral.
Habituado a disputar grandes jogos no relvado, foi numa cama de hospital que José Enrique teve de travar a luta mais complicada da sua vida. O ex-jogador espanhol, de 32 anos, ficou a saber, há menos de um mês, que tinha um tumor na cabeça. A grave notícia chegou durante uma viagem a Londres, quando começaram as intensas dores de cabeça.
Dor de cabeça foi alerta
Depois de ter terminado a carreira, José Enrique manteve-se ligado ao futebol, na agência que criou com o irmão. E foi durante uma viagem de trabalho que tudo aconteceu.
«Estávamos reunidos com Chris Hughton [treinador do Brighton, um clube inglês] e nessa noite a luz começou a fazer-me impressão. Cheguei ao hotel e pensei que se tratava de uma enxaqueca. Durante a noite tive uma dor de cabeça brutal e na manhã seguinte comecei a ver tudo desfocado. Depois comecei a ver a dobrar. Tive que ir às urgências e nove horas depois fizeram-me um TAC. Disseram que tinha uma veia da cabeça colapsada. Mandaram-se de urgência para outro hospital de Londres, onde passei duas noites», explica ao jornal Marca.
Depois de terem dito que não sabiam qual o problema, um neurocirurgião explicou ao jogador que sofria de cordoma, um tipo raro de tumor. «É um tumor situado numa zona complicada da cabeça. É algo muito raro», refere. José Enrique conta ainda que lhe deram a opção de ser operado em Londres ou em Valência, de onde é natural, opção que preferiu para estar perto da família e amigos.
Apoio da família
«Fizeram um trabalho incrível. Foram os piores dias da minha vida, estive cinco dias na cama sem me mexer. Chegaram a dizer-me que podia ficar cego”, diz. Seguem-se meses de recuperação e radioterapia, sendo que só existem quatro máquinas na Europa, o que faz com que tenha de ir a Paris ou Zurique para as sessões de tratamento.
José Enrique perdeu seis quilos numa semana e teve de aprender a andar depois da operação. Estima-se que em setembro possa retomar a vida normal. «Quero agradecer à minha namorada, aos meus pais e irmão. Também ao doutor Simal, à sua equipa e ao hospital La Fe”, diz. Também diversos jogadores fizeram questão de enviar mensagens para José Enrique.
«Tudo isto faz com que valorizes mais a vida. Os futebolistas vivem numa bolha, é uma vida irreal. Acabas por te perder e achas que és invencível», conclui José Enrique.
Fotos: Reprodução Instagram
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