“Os que são mesmo ricos desprezam pessoas como Cristiano Ronaldo”
Luís Osório usa crónica na TSF para falar dos homens mais ricos do mundo e dá o exemplo de como estes olham para pessoas como Cristiano Ronaldo. E para todos nós.
A passagem de homens poderosos por Portugal para participar na reunião anual do Clube Bilderberg, que decorreu no Pestana Palace, foi o mote para a crónica que Luís Osório tem na TSF. Entre muitas palavras, destaca-se o título dado ao texto. “Os que são mesmo ricos desprezam pessoas como Cristiano Ronaldo – e desprezam-nos a nós”, pode ler-se.
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“Não tenho nada contra os ricos, conheço e sou amigo de algumas pessoas com dinheiro – não me importava de ter metade do dinheiro dos ricos que conheço, seria hipócrita se não o admitisse. Mas quando falamos dos realmente ricos, dos que no capitalismo conseguem multiplicar fortunas colossais que correspondem ao Produto Interno Bruto de vários países, que o conseguem fazer com venda de ações, com especulação e controle de algoritmos, estamos a falar de uma outra dimensão. Uma dimensão amoral e pornográfica. A fortuna de Elon Musk supera o PIB de Portugal ou da Grécia. Os dez homens mais ricos do mundo têm o mesmo dinheiro de mais de três biliões de pessoas. Não é sustentável”, defende.
“Cristiano Ronaldo é muito rico, mas para estes homens é ridículo o dinheiro que tem”
Depois, Luís Osório fala sobre o jogador português. “Quando Cristiano Ronaldo jogou no Manchester United, agora nesta sua segunda passagem, sabes quantas vezes esteve com os bilionários irmãos que são donos do clube? Acertaste. Nenhuma. Os irmãos Joel e Avram, várias vezes vistos no estádio, nunca tiveram a iniciativa e a curiosidade de descerem ao balneário e conhecerem o mais mediático jogador da história do futebol nos últimos 30 anos. Seria normal se tivesse acontecido, mas não aconteceu”, argumenta.
“Estas pessoas estão numa outra dimensão. Vivem em função do seu jogo particular: ganhar dinheiro. Comprar e vender. Especular. Conquistar. Não se confundem com os que consideram subalternos. Sobretudo se forem mediáticos. Todos são instrumentais, todos existem em função do seu jogo. Não perdem tempo, não fazem fretes e não se misturam para não ficarem contaminados. Antes, os muito muito ricos, não se misturavam com os pobres, mas agora não se misturam com ninguém”, prossegue. “Cristiano Ronaldo é muito rico, mas para estes homens é ridículo o dinheiro que tem. Tão ridículo que não se aproximam a gente assim, da mesma maneira que os imperadores romanos não bebiam vinho com os gladiadores por mais populares que estes fossem”, termina.
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Texto: Bruno Seruca
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