Bárbara Guimarães lançou um novo livro intitulado Tempestade Perfeita. A obra, que até motivou críticas de uma jornalista da RTP, recorda o percurso profissional e pessoal do rosto da SIC.

Um dos momentos descritos no livro relembra um episódio em que quase foi alvo de um processo disciplinar. Tudo aconteceu em 2003 durante o programa Páginas Soltas.

“Devo dizer que fiz duas grandes asneiras de que me orgulho. Entrevistei o presidente da ACAPO (Associação dos Cegos e Ambliopes de Portugal) e o presidente da Associação Portuguesa de Surdos e decidi que ia acabar os dois programas de forma original. Com o presidente da ACAPO, terminei o programa só com o som da conversa e sem imagem. Com o presidente da associação de surdos, tirei o som e deixei apenas as legendas”, começou por lembrar Bárbara.

“Como é que fizeste uma coisa destas?”

Porém, esta nobre atitude… não foi muito bem vista por Ricardo Costa. “Perguntou-me, visivelmente irritado: ‘como é que tu fizeste uma coisa destas? Televisão sem imagem? Televisão sem som? Ó Bárbara, isto dá direito a processo disciplinar. Isso é algo que nunca se faz'”.

No entanto, ” o Páginas Soltas foi mesmo assim para o ar. Foram dois intermináveis minutos, em cada um dos programas”, finalizou.

Texto: Tomás Cascão; Fotos: Arquivo Impala

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