Carminho 2023 foi um ano de sonho: cantou com os Coldplay, para o Papa e para Taylor Swift
A artista portuguesa olha para trás e só tem bem a dizer do que lhe aconteceu no ano que agora terminou. Emoções, surpresas e elogios fazem-na agora apenas sorrir e agradecer.
Tem mais do que razões para estar feliz e satisfeita com aquilo que 2023 lhe “ofereceu”. Carminho, no podcast Posto Emissor, da Blitz, falou dos vários momentos que viveu e que a fazem hoje sentir-se “grata”. Um deles foi, sem dúvida, e até já o tinha afirmado nas redes sociais, o dia em que cantou para o Papa Francisco, nas Jornadas Mundiais da Juventude, em agosto passado.
“Foi um momento único, eu já tenho experiência do que é estar num palco, mas ao mesmo tempo é muito complicado do ponto de vista técnico porque tenho um milhão de pessoas à frente e (…) havia um medo enorme do que eu ia ouvir, do que não ouvia”, contou, acrescentando: “Eu não escondo a minha devoção, a fé que tenho (…) Eu senti-me tão ligada e tão conectada com a minha oração, eu não estava a cantar, eu estava a fazer a minha dádiva naquele momento de peregrinação e foi muito emocionante.”
A autora e voz de Portuguesa realizou espetáculos um pouco por todo o mundo, mas na hora de fazer o balanço – ela que gosta de os fazer, pois acha que “é necessário ser-se grato e para isso é importante rever” – sente que o nosso país “levou a melhor”: “Este ano foi Portugal que mais me surpreendeu.”
Emma Stone rendida a Carminho
Mas meses antes do encontro emocionante com o Chefe da Igreja, que Carminho considera ser “um Papa muito importante para o Mundo”, foi convidada para atuar no concerto dos Coldplay, em Coimbra, que se realizou em maio. “Para já foi inesperado, não foi esperado como a performance para o Papa. De um dia para o outro a Bárbara Bandeira liga-me: ‘Carminho, queres vir cantar comigo no meu concerto de abertura?’, ‘Claro que quero’. E depois: ‘O Chris Martin quer cantar o Coimbra e gostava imenso que também cantasses com ele e tal…”, relembrou, frisando que “nestes casos é encarar as coisas com simplicidade, são artistas, são músicos, fazem o mesmo que nós. Ele é uma pessoa superacessível, supersimples, supergenerosa”, revelou na mesma conversa com a Blitz, desdobrando-se em elogios.
O ano tinha tudo para terminar de forma maravilhosa, quando Portugal ficou ainda a saber da participação da cantora no filme Pobres Criaturas, que se estreia no dia 25 deste mês.
A fadista foi convidada pelo realizador Yorgos Lanthimos para interpretar o tema O Quarto e teve uma semana para aprender a tocar guitarra portuguesa, e atuou na antestreia do filme, em dezembro, em Nova Iorque. Segundo Carminho, Emma Stone “foi sempre muito próxima, muito querida, ela também é produtora do filme e recebeu-me de braços abertos, elogiou-me e combinei com ela a surpresa da guitarra na estreia”. Estreia essa onde se destacou a presença de Taylor Swift: “Disse-lhe que só arranho a guitarra portuguesa e ela foi simpática ao dizer: ‘Não! O que estás a dizer? Foi incrível, foi bonito!’ E estivemos ali um bocado à conversa sobre várias coisas. Sobre o mundo da música e o facto de ela ser uma grande inspiração neste caminho de os artistas serem mais independentes.”
Texto: NEUZA GOMES; Fotos: D.R.
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