Depois de criticar a TVI, Constança Cunha e Sá regressa ao canal
Constança Cunha e Sá está de regresso à antena da TVI no papel de comentadora. Há um ano, “por uma questão de dignidade”, a jornalista deixava a estação, que estava prestes a ser comprada pela Cofina.
Constança Cunha e Sá está de regresso à TVI um ano depois de de lá ter saído “por uma questão de dignidade, saúde mental e higiene”. A jornalista tinha abandonado Queluz de Baixo numa altura de incerteza na empresa detida pelo canal, a Media Capital, que estaria prestes a ser comprada pelo grupo Cofina. O negócio acabou por fracassar e a profissional volta agora na qualidade de comentadora.
Citado pelo Diário de Notícias, o Diretor de Informação da TVI, Anselmo Crespo, revela que Constança Cunha e Sá regressa à estação para “fazer comentário político” e integrar “o naipe de analistas que já estão na TVI24 como, por exemplo, Paulo Ferreira“. Esta é apenas uma das muitas novidades programadas para o 11.º aniversário do canal informativo, assinalado a 26 de fevereiro.
“Nunca acabaria a minha vida profissional a trabalhar para a Cofina”
O retorno da jornalista à estação acontece pouco tempo depois de a Autoridade da Concorrência (AdC), a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e a Anacom terem decidido pela não oposição à Oferta Pública de Aquisição da Pluris, de Mário Ferreira, sobre a Media Capital.
Há um ano, o cenário era completamente diferente, com a empresa que detém o Correio da Manhã a um passo de adquirir a dona da TVI. “Nunca acabaria a minha vida profissional a trabalhar para a Cofina. Lamento”, atirava Constança Cunha e Sá, justificando a sua saída da estação.
Antes, também na rede social Twitter, a jornalista já tinha agradecido “a todos” os que a “apoiaram” na saída da TVI: “Muito obrigada por tudo.”
Constança Cunha e Sá arrasa aposta da TVI: “Fantochada semanal”
Já no passado mês de janeiro, Constança Cunha e Sá veio a público deixar duras críticas ao espaço de comentário semanal protagonizado por Paulo Portas, antigo líder do CDS-PP, no “Jornal das 8”.
Foi por intermédio da rede social Twitter que a antiga editora de Política da estação de Queluz de Baixo condenou a forma como o centrista tem desempenhado o seu papel, particularmente no que concerne à avaliação da pandemia da COVID-19. “Quando é que a TVI percebe que o Paulo Portas não é médico, nem infecciologista e não tem preparação para ter um comentário semanal sobre vírus e vacinas? Uma coisa é todos nós termos umas coisinhas a dizer sobre a coisa, outra é esta fantochada semanal“, escreveu, numa altura em que Paulo Portas dava a cara por mais uma edição de “Global”.
“Além de ser muito orientadinho politicamente”, apontou, logo a seguir.
Jornalista questiona falta de pluralidade política em televisão
Menos de uma hora depois, Constança Cunha e Sá alargava a sua crítica a Luís Marques Mendes, que assina igualmente um espaço de comentário nas edições de domingo, mas do “Jornal da Noite”, da SIC, e questionou a falta de pluralidade política nas estações privadas.
“Ai Ai, agora é o Marques Mendes a fazer concorrência ao Portas. E, por falar nisso, como é que as duas televisões privadas têm como únicos comentadores, no canal generalista, um PSD que quer ser candidato a PR e um CDS que quer ser candidato a PR. É o domínio socialista, só pode!”, pode ler-se.
“Hei de voltar a este tema que diz mais dos canais de televisão do que dos candidatos”, prometeu ainda.
Texto: Dúlio Silva; Fotos: Arquivo Impala e reprodução TVI
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