Cristina Ferreira pôs finalmente em prática um projeto idealizado há sete anos. Na gaveta desde que os então responsáveis da TVI o rejeitou, a apresentadora ainda mostrou ao público “uns laivos” do projeto n’”O Programa da Cristina”, da SIC, mas é na estação de Queluz de Baixo que “Cristina ComVida” pode ser visto tal e qual como foi concebido por ela e João Patrício, hoje seu braço-direito na Direção de Entretenimento e Ficção.

O formato é feito a partir da mítica casa-estúdio da Venda do Pinheiro, onde habitaram, nas últimas duas décadas, centenas de concorrentes de várias edições dos reality shows “Big Brother” e “Casa dos Segredos”. Devidamente reformulado, e levando o público a acreditar estar a ver a casa de Cristina Ferreira, o espaço pode vir a ser utilizado pela TVI noutros projetos.

“Já nos passou pela cabeça fazer aqui tudo e mais alguma coisa. Se quisermos, este programa pode terminar e temos aqui uma novela, temos aqui outra série, temos o que quisermos. Já pensámos até alugar aos fins de semana a quem quiser vir cá passar férias”, afirmou a diretora da TVI, entre risos, em declarações aos jornalistas.

A título de curiosidade, também o estúdio a partir de onde Cristina Ferreira conduziu “O Programa da Cristina” é ainda hoje usado pela SIC em vários programas. Desde logo em “Casa Feliz”, o matutino que substituiu o formato apresentado pela malveirense aquando do seu regresso à TVI, mas também em emissões especiais do “Domingão”, durante o primeiro confinamento causado pela pandemia da COVID-19. Além destes, a estrutura original d’”O Programa da Cristina” serve de palco à sitcom “Patrões Fora”, protagonizada por João Baião e transmitida pela SIC nas noites de sábado.

João Patrício era o realizador d’”O Programa da Cristina” e assume agora o mesmo papel em “Cristina ComVida”. Em resposta à NOVA GENTE, o Diretor-Executivo de Entretenimento e Ficção da TVI explicou os desafios de dirigir um programa feito num estúdio de 360º.

“De facto, não é um estúdio comum. Se pensarmos num convencional plateau de televisão, tem sempre aquilo a que nós chamamos boca de cena, com um corredor técnico onde as câmaras estão implantadas, havendo uma frente de câmaras e o cenário. Neste caso, não. Não há aqui uma parede que não seja cenário. E isto obriga-nos, a todos nós, equipa técnica, a uma logística e a uma movimentação muito mais complicada do que é habitualmente, mas isso também torna a coisa mais desafiante para todos nós”, referiu o braço-direito de Cristina Ferreira.

A apresentadora de “Cristina ComVida” afinou pelo mesmo diapasão e admitiu que a dinâmica do programa a obriga mesmo a “ter tempos de ficção”. “Acho que deu para perceber que este programa é uma mistura do direto com aquilo que é quase uma novela. Só que nós aqui não temos takes. Portanto, quando começa, é sempre em frente”, complementou a Diretora de Entretenimento e Ficção da TVI.

Texto: Dúlio Silva; Fotos: Reprodução Instagram

 

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