Polémica: Famosos portugueses cobram milhares de euros por «posts» nas redes sociais
Cada imagem associada a um artigo promocional nas redes sociais pode chegar aos 3500 euros.
Ao contrário do que acontecia no início do aparecimento dos blogs e dos sites de redes sociais, as celebridades portugueses, tal como acontece no panorama internacional, já não fazem publicações a promover as marcas a que se associam em troca de produtos ou de serviços.
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Atualmente, as caras das televisões nacionais cobram por cada ‘post’ que fazem na internet e os valores podem ir até aos 3500 euros. Ao site da revista Nova Gente, um responsável de uma empresa de marketing digital desvendou alguns pormenores sobre este assunto.
Os famosos que lideram o ‘ranking’ dos ‘mais bem pagos’ são os da TVI. As estrelas da estação de Queluz de Baixo cobram milhares às marcas em troca da ligação de um produto à sua imagem. Cristina Ferreira, segundo a responsável de marketing digital, lidera a tabela, «podendo cobrar até 3500 euros por publicação online”, seguindo-se os colegas Manuel Luís Goucha e Fátima Lopes «que estarão 500 euros abaixo». Atrás na lista estão os atores Lourenço Ortigão, Pedro Teixeira, Rita Pereira e Sofia Ribeiro «com cachets a começar nos 1400 euros».
Já na SIC, apesar de ter menos celebridades de “topo”, os valores pagos não são muito diferentes e a encabeçar a lista estão sobretudo as artistas “roubadas”, nos últimos anos, ao canal 4. As atrizes Cláudia Vieira, Diana Chaves e Sara Matos deverão poder «faturar por artigo quase 1300 euros». Já os apresentadores João Manzarra e Carolina Patrocínio «poderão ascender aos 1000 euros».
Caras da RTP «têm credibilidade, não estão envolvidas em grandes polémicas e valem por estas características»
Mesmo tendo apenas quatro figuras com êxito nas redes sociais, «a RTP tem, nos seus apresentadores, uma imagem mais limpa do que acontece nas televisões privadas», esclarece a consultora. As caras da estação pública «têm credibilidade, não estão envolvidas em grandes polémicas e valem por estas características». Por isso mesmo é que Catarina Furtado, Pedro Fernandes e Tânia Ribas de Oliveira conseguirão arrecadar por cada produto promovido «valores à volta dos 1200 euros por publicação nas seus perfis», de acordo com a estimativa a que a revista Nova Gente teve acesso.
Esta agência de publicidade digital, contactada pelo site da revista Nova Gente, esclarece que estes valores estão incluídos em contratos mais abrangentes entre as figuras públicas e as marcas, e em muitos casos, até com as estações onde trabalham. «Por norma estes ‘posts’ estão consagrados em contratos de grande magnitude, sendo esta apenas uma pequena parte. Por exemplo, com a Honda, não tem só que divulgar o modelo X ou Y da marca, tem que o conduzir mesmo e mostrar-se em público com ele. O mesmo já aconteceu à Fátima Lopes, quando tinha um Ford Kuga, que até chegou a fazer entrevistas ao volante do carro», detalha este responsável de marketing. «Pedro Fernandes tem idêntico protocolo com a Nissan, Pedro Teixeira com a Citroen, mesmo tendo estas vedetas os seus próprios carros, mas não os devem usar em cerimónias públicas», esclarece a fonte.
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Mas não estes acordos não só apenas feitos com a industria automóvel. Sofia Ribeiro, Carolina Patrocínio e Cláudia Vieira têm parcerias com empresas de bem-estar, estando «frequentemente a promover nos seus perfis práticas saudáveis de nutrição, sempre com alguma marca associada».
Sobre o tipo de publicações existentes atualmente no mercado, entre Facebook (perfil ou história), Instagram (perfil ou história), Twitter ou Snapchat, «a disparidade de pode valor pode ser elevado», adianta a mesma fonte ao site da Nova Gente.
As mais caras são as publicadas «no perfil de Instagram e Facebook já que são ‘eternas’
As mais caras são as publicadas «no perfil de Instagram e Facebook já que são ‘eternas’, só desaparecem se forem apagadas e porque há grande número de utilizadores no nosso país». Já as mais baratas são as que acontecem nas outras redes sociais e as que «são postadas sob forma de história, no Instagram e Snapchat, e que só estão disponíveis para visualização por apenas 24 horas».
Perante a nova dinâmica do mercado publicitário, esta foi a forma dos responsáveis de vendas das marcas conseguiram a um grande número de potenciais compradores dos seus produtos e serviços sem investir muito dinheiro, ao contrário do que acontece nos tradicionais meios de divulgação de publicidade. As figuras públicas, para lá de terem milhares de seguidores cada uma nas plataformas sociais e «conseguirem gerar ‘boom’ de partilhas das publicações por outros perfis, são pessoas que lhes é conferida crédito e confiança», remata o consultor mediático.
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Fotos: Reprodução Instagram
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