Fátima Campos Ferreira “A minha mãe morreu com Parkinson, e isso foi uma coisa muito difícil de assistir”

Fátima Campos Ferreira abriu o coração a Daniel Oliveira, no programa Alta Definição

Fátima Campos Ferreira

 Fátima Campos Ferreira  esteve à conversa com Daniel Oliveira no Alta Definição deste sábado, dia 1 de abril. A grande jornalista lançou recentemente o livroO Infinito Está nos Olhos do Outro“, onde aprende mais sobre os seus antepassados, como diz ao apresentador do programa da SIC. “A minha mãe morreu com Parkinson, e isso foi uma coisa muito difícil de assistir. É qualquer coisa de muito assustador. E eu tive, talvez por isso, muita dificuldade em fazer o luto. Ela já morreu em 2017, e está muito viva dentro de mim. E sempre que eu tenho de fazer este exercício de pensar, ou de escrever, ou até rever agora o livro, isto é uma ferida que eu tenho. Eu sofro com isto“. Fátima Campos Ferreira, de 64 anos, que perdeu os pais com quinze dias de diferença, admite que este livro é uma forma de fazer o luto. “Tenho aqui marcas profundas, e penso que tem muito a ver com a doença da minha mãe, e mesmo, tendo eu feito tudo aquilo que pude… Reconheço que o grande objetivo do livro é fazer o luto“, admite a jornalista, que refere que a sua ‘casa’ é a mãe. Mas não só, este livro também serve para deixar um legado e testemunho. “A minha mãe costumava dizer ‘Se não lhes disseres quem formos, eles vão-nos perder o rasto‘.” Ao falar da morte do pai, que também a marcou muito, Fátima Campos Ferreira admite que esteve com o pai até ao fim. “Eu estive com o meu pai nas últimas horas, e ele morreu nessa noite, e eu estive até ao fim do dia com ele. Eu sabia que ele estava a fazer o processo de agonia, e eu fui falando com ele, dizendo-lhe que estava ali, dizendo o que me apeteceu dizer naquele momento. Eu percebi que ele percebeu o que eu queria dizer, e ele disse-me duas vezes em voz sumida ‘Vai-te embora’. Como quem diz ‘não fiques aqui até ao fim.'” A jornalista acrescenta que no dia seguinte, às 7h da manhã, acordou com a notícia que o seu pai morreu. O dia do funeral do pai foi muito difícil, conta a jornalista a Daniel Oliveira, que diz que fez com que o carro funerário parasse em casa, antes de ir para a igreja. “Eu e o meu irmão tivemos com ele no escritório, de caixão aberto, e eu pus-lhe os livros que eu achei que ele ia gostar mais, e ali ficámos uns instantes. Porque achamos que isso fazia parte da partida dele, e do nosso próprio luto”, revela. Fátima Campos Ferreira admite que, por essas razões, fez melhor o luto do pai do que da mãe.

O adeus a Manuel Rocha

A jornalista perdeu o marido, Manuel Rocha, ex-diretor de Informação da RTP, que morreu no passado dia 12 de fevereiro. “A vida é o que é, há sempre um tempo em que nos temos de despedir“, diz Fátima Campos Ferreira, que afirma que o casal esteve junto cerca de 30 anos. “Penso que a primeira ordem de razão para fazermos luto é a aceitação, e depois, também percebermos que as pessoas estão doentes e não podem persistir em sofrimento“, confessa emocionada. Veja um excerto da entrevista abaixo:

 

 
 
 
 
 
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