Fernando Correia Marques Só conheceu o pai aos 16 anos: “Não guardo rancor, amo-o”
Em entrevista ao Alta Definição, o cantor popular recordou a vida dura que teve, longe do pai.
Fernando Correia Marques foi o convidado do Alta Definição deste sábado, 6 de abril. A Daniel Oliveira, o cantor popular abriu o coração e fez várias revelações sobre a vida profissional e pessoal.
Grande parte da juventude foi passada em Moçambique com a mãe. O pai estava em Portugal e esta ausência deixou marcas. “O pai faz-te sempre falta. É difícil falar sobre isso. É uma coisa que magoa, que dói”.
“Não guardo rancor. Amo-o”, salienta. Porém destaca que não “foi um pai exemplar”.
Só conheceu o progenitor aos 16 anos, quando voou para Portugal para vir jogar futebol. Veio com a mãe e, instantes antes de vê-lo não sabia o que fazer ou dizer.
“O que é que eu faço? Dou-lhe um beijo, aperto-lhe a mão, dou-lhe um abraço?”, perguntou à mãe. “Faz o que o teu coração disser”, ouviu.
A morte da mãe
A maior perda da sua vida foi quando a mãe, “a sua outra metade” morreu, em 2021. O cantor recorda que ainda antes de saber da notícia, “sentiu” que algo se passava quando ainda estava em palco.
Continuou o espetáculo e não disse nada a ninguém. Porém, quando foi altura de cantar uma balada, não aguentou e “desmanchou-se a chorar”.
A morte de Claudisabel foi outro momento marcante na vida do cantor. “Eram umas duas horas, levantei-me e fui à casa de banho. Vejo lá Raquel, que é a mãe. Liguei e não percebi nada do que ela dizia porque só chorava. Às 6h30 liga-me uma amiga da Raquel: ‘Fernando passa-se alguma coisa. Acho que a Claudisabel teve um desastre'”
Texto: Tomás Cascão; Fotos: Arquivo Impala
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