Flávio Furtado Mandou construir casa igual à do ‘Big Brother’
Depois de 27 anos a viver num “caixote”, como chama ao apartamento que ocupa desde que saiu dos Açores para vir para o continente, Flávio Furtado conseguiu reunir condições para ter a moradia dos seus sonhos. Uma moradia bem especial…
Foi em março passado que Flávio Furtado anunciou que iria fazer uma pausa na sua carreira televisiva, depois de ter estado quatro anos, de forma quase ininterrupta, ligado aos reality shows emitidos pela TVI, ora como comentador ora como apresentador. Neste período, ainda terminou um curso na Universidade Lusófona, em Lisboa, e, revelou agora, aproveitou para concretizar um sonho antigo: ter a sua própria casa. Mas esta não é uma casa qualquer.
O comunicador, de 46 anos, mandou construir uma moradia igual àquela que serviu de cenário ao Big Brother VIP, transmitido em 2013, no qual participou, arrecadando o segundo lugar. “A casa era o meu maior sonho e transformou-se no meu maior pesadelo”, começou por contar Flávio Furtado, que teve de passar por quatro empreiteiros até conseguir que a morada dos seus desejos estivesse pronta para ser habitada.
À margem da apresentação de um novo produto de maquilhagem da empresária e influenciadora Bruna Gomes, que aconteceu na semana passada, no Pestana Palace Lisboa, o ex-comentador do BB adiantou que essa é “exatamente uma cópia da casa” onde esteve, “faz agora 11 anos”. Na época, esta era construída ao lado dos estúdios da Venda do Pinheiro, onde se realizavam as galas de domingo, com apresentação de Teresa Guilherme. “Mandei construir a minha casa na zona de Lisboa. É uma casa térrea, com o mesmo formato da do Big Brother. Tem o mesmo formato. Tem o alpendre, o jardim, a piscina… Só as câmaras é que estão só na parte de fora. Dentro de casa não há nenhuma”, brincou.
A ideia surgiu de forma quase espontânea. Flávio não precisou pedir qualquer ajuda ao canal de Queluz de Baixo ou à produtora Endemol, que ainda hoje dá forma ao reality show, porque guarda na memória todos os seus detalhes e recantos. “Eu sei bem como era a casa. Não me esqueci. Ainda no outro dia a Cristina [Ferreira] dizia que tinham de a alugar para fazerem lá um reality”, acrescentou. “Eu quis fazer isto porque estou aqui [no continente] há 27 anos, mas eu sou açoriano. Sempre vivi numa casa e há 27 anos que estou a viver num caixote, num apartamento. Eu queria ter casa”, explicou. Acabou por conseguir reunir todas as condições necessárias e, quando foi para fazer o projeto, “começaram a desenhar-se umas coisas” que levaram à ‘imitação’. “Eu disse logo que não queria uma casa com dois pisos, porque uma pessoa já não vai para nova e não quero ter depois de andar a subir e a descer escadas. Foi então que tive a ideia de fazer uma igual à do Big Brother. Uns dizem que eu sou maluco…”, completou.
A nova moradia vai ser-lhe entregue no início de junho, com atraso relativamente ao prazo inicialmente previsto, e o comunicador já tem planos. “Agora está tudo prontinho. Este era também o meu objetivo ao afastar-me da televisão. Queria fazer a minha mudança com calma, desfrutar da minha casinha, receber os meus amigos e depois, na rentrée, logo se vê”, frisou.
Aliás, “para já”, assegurou, não tem “saudades nenhumas” do pequeno ecrã, até porque a sua vida ganhou qualidade desde que está ausente dele. Qualidade e uma melhoria do seu estado de saúde. “As pessoas acham que eu não faço grande coisa, mas a verdade é que eu tenho uma empresa há vários anos. Mal acordo, agarro-me ao computador. Depois é sair de casa e ir trabalhar. Nos últimos quatro anos, chegava a casa ao final do dia, tomava banho e ia a correr para a Lusófona. Saía da Lusófona pelas 11, 11 e meia da noite e ia a correr para a TVI. Saía da TVI quase às três da manhã. Dormia muito pouco”, recorda.
“Nos últimos quatro anos não tive refeições decentes”
A azáfama refletiu-se em vários problemas. “Há dois anos tive um problema da tiroide e tive de ser operado. Tinha sucessivas cólicas renais e fui internado várias vezes. Uma delas tive de ser aberto pelas costas, para tirar um cálculo com 27 milímetros. No ano passado fui internado com uma diverticulite aguda, com microperfuração do intestino. O médico disse que eu tinha de acalmar, de mudar hábitos de alimentação e de sono. Eu tinha necessidade de descansar”, enumerou.
Flávio sublinhou ainda que “nos últimos quatro anos” não teve “refeições decentes”, alimentando-se praticamente todos os dias, ao jantar, no bar da TVI. “Comia aquilo que havia. Os jantares com a família e com os amigos eram só aos sábados, porque estava no ar de domingo a sexta-feira. Eu tinha mesmo necessidade de fazer esta pausa. Fazia parte dos meus planos”, prossegue.
Agora, garante que vai continuar a dedicar-se à sua empresa e que esta nova vida lhe permite “ir para casa às seis da tarde, para poder fazer um jantar para os amigos”. Quanto ao futuro, logo se vê. “Aquilo que tenho conversado com a direção da TVI é que, quando chegar a altura, vai acontecer.”
Texto: ANA FILIPE SILVEIRA; Fotos: NUNO MOREIRA E ARQUIVO IMPALA
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