Gabriela Sobral tece fortes elogios a Diogo Amaral: «Este é o ano dele»
Diogo Amaral abandonou a estação de Carnaxide há doze anos.
A mais recente aposta da SIC no que diz respeito à ficção nacional é Vidas Opostas, trama protagonizada por Sara Matos, Renato Godinho, Joana Santos, Diogo Amaral e João Jesus, que foi apresentada à imprensa no passado dia 7 de fevereiro.
Uma história que promete prender os portugueses aos ecrãs de televisão já a partir do mês de abril. «Tem uma história com um pano de fundo engraçado e diferente de tudo o que já foi escrito até agora. O tema do tráfico de anabolizantes, como é exemplo o dopping, que está na ordem do dia, é um tema fraturante e tem sido falado pelo mundo fora. Falamos de desporto nas várias componentes: o glamour, a moda, as marcas de roupa… Arrisco-me a dizer que esta novela está na moda», brinca, Gabriela Sobral.
Nesta trama há um regresso notado. Diogo Amaral, afastado de Carnaxide há 12 anos, está agora na «casa» que o viu ter um enorme sucesso na trama «Floriella», decorria o ano 2006. «É um regresso. Teve aqui durante um tempo, depois foi-se embora e agora voltou. Foi um namoro certo. Ele também tinha essa vontade, portanto foi um encontro, digamos assim», garante a diretora de conteúdos da SIC.
Mas os elogios a «Jorge» de Vidas Opostas não se ficam por aqui. «Gosto muito do trabalho do Diogo. Ele já mostrou muito aquilo que vale e eu acho que desta vez vai regressar na altura certa porque, para além de ir fazer esta novela em que a sua personagem é a cara dele, o Diogo também vai estrear um filme («Pedro e Inês») quase ao mesmo tempo que a novela estreia, portanto… é em grande. E o filme é fortíssimo com uma personagem histórica fortíssima. Portanto, acho que este é o ano do Diogo Amaral».
Aposta nas «futuras estrelas da estação»
Não é novidade que Gabriela Sobral sempre foi apologista de apostar em novos talentos e em Vidas Opostas não será diferente. «Nós apostamos muito num elenco jovem nesta novela. Estivemos a fazer laboratórios. Fizemos um casting, escolhemos seis jovens e eles têm estado há cerca de três meses a fazer coaching por parte de alguns responsáveis pela SP Televisão, nomeadamente atores mais velhos. Estou muito contente com o resultado deste casting, porque os miúdos são fantásticos. Eles ainda não fizeram praticamente nada e aquilo que vi é muito bom, é maravilhoso. Estamos também aqui a fazer laboratório e a criar novos talentos. É gratificante ver a evolução destes miúdos que no futuro serão as estrelas da estação», garante.
«Tenho alma de padre»
Gabriela Sobral foi, durante vários anos, o «braço direito» de José Eduardo Moniz na TVI. Em 2010 mudou-se para a SIC e assumiu um cargo de liderança que tem dado frutos na programação de Carnaxide. O facto de ser uma mulher a «liderar as tropas» traz diferença na gestão de equipas? Gabriela é perentória na resposta: «Não tem a ver com facto de se ser mulher ou homem. Tem a ver com revelação de confiança que nós estabelecemos com as pessoas. Acho que o que acontece comigo é que eu tenho uma boa relação de confiança com este malta há muitos anos. Trabalho nesta indústria há muitos anos e eles conhecem-me há imenso tempo. Os mais velhos têm comigo uma relação quase de amizade e de há dezenas de anos. Os mais novos se calhar reveem-se num modelo de segurança e confiança. Eu tenho muita disponibilidade para as pessoas com quem trabalho», assegura.
Mas o transmitir confiança para com quem se trabalha, a diretora garante que está relacionado «com amaneira de estar das pessoas e com as suas componentes e com o seu perfil e o seu caráter». «Se calhar a minha personalidade é esta, a de transmitir confiança às pessoas e de as ouvir. Digo uma coisa há muitos anos. Tenho alma de padre, não é? (risos) Ouço muito as pessoas. Tenho muita paciência para ouvir as pessoas e para as aconselhar e depois, como trabalho numa área onde há muita gente e as pessoas precisam de ser ouvidas, se calhar isso tudo junto transmite confiança e transmite segurança às pessoas».
Mas o segredo de uma equipa motivada é muito mais do que isso. «Acho que tem a ver com o trabalho que desenvolvemos na SIC. Sou uma pessoa acessível. Há do meu lado uma grande preocupação de gestão de carreira destes atores. Eu, a SP Televisão e a SIC, não nos limitamos a olhar para eles a achar que eles têm de trabalhar dê por onde der. Acho que há uma tentativa de gerir as expectativas e a carreira deles. Numa produção fazem de vilões, na outra tentamos levá-los para uma zona de menos conforto. Eles são desafiados por nós. E isso é muito importante. Este desafio permanente que lhes é lançado, deixa-os bastante tranquilos», finaliza.
Textos: Andreia Costinha de Miranda e Inês Fernandes l Fotos: Marco Fonseca
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