Helena Costa recorda luta contra cancro no pulmão. “Não me conseguia mexer, nem andar”
Helena Costa foi diagnosticada com um tumor carcinoide em abril deste ano e foi operada duas semanas depois. “Só olhava para as minhas filhas e pensava ‘como é que é possível? Tão pequeninas…'”, contou.
Helena Costa recordou uma das piores fases da sua vida. A atriz, de 38 anos, esteve no programa “Casa Feliz”, da SIC, nesta sexta-feira, 5 de novembro, e falou do cancro de pulmão que lhe foi diagnosticado em abril deste ano.
“Eu tenho tendência a ignorar um bocadinho, porque acho sempre que está tudo bem”, começou por dizer. “Naquela altura, estava a fazer uma novela, estava muito cansada e não liguei aos sinais de falta de ar, de uma espécie de pieira. Ignorei um bocadinho. Só no fim da novela é que fiz exames e fui tentar perceber o que se passava”, disse, contando ainda o que ouviu do médico que a acompanhou: “Disse que não é muito normal o meu tipo de cancro, um tumor carcinoide. Pode aparecer em crianças de 10, 14 anos […] Eu acho que pode estar associado, às vezes, a algum fator de stress e ansiedade”.
Helena Costa contou ainda que foi operada cerca de duas semanas após o diagnóstico e que, apesar de tudo, teve alguma sorte. “Estava numa zona que dava para operar. Foi a minha sorte e o meu medo era se existissem metástases noutras zonas do corpo. É um bocado assustador. A partir do momento em que nos dão o diagnóstico cai-nos tudo. Ninguém está à espera…”, disse. “Parece que vivia, de repente, numa realidade paralela… Eu já não estava em mim, só olhava para as minhas filhas e pensava: ‘Como é que é possível? Tão pequeninas. Vão deixar de ter…’ Até me custa pensar”, acrescentou ainda, comovida.
Helena Costa fala do processo de recuperação difícil e lento
Na mesma conversa com Diana Chaves e João Baião, Helena Costa falou ainda do processo de recuperação. “Até à cirurgia, a minha vida era uma coisa, depois da cirurgia foi outra. Foi um processo lento de recuperação. Não me conseguia mexer, nem andar sequer um metro. Mas faz parte do processo. Eu tirei metade do pulmão e agora é sempre a melhorar e para um estilo de vida, principalmente mental, mais saudável”, disse..
“Na realidade, isto foi um stress pós-traumático e agora sim, posso dizer que estou liberta e que sei apreciar e viver o dia-a-dia de outra maneira. Que faço as melhores opções e que isso é o mais importante”, referiu ainda, acrescentando: “Vou ser seguida durante dois anos, mas está controlado […] É preciso saber que há apoios e pessoas que superam, que vivem e que estão bem na vida com isso. É preciso saber que o apoio é importante”
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Reprodução redes sociais
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