A mãe de João Baião morreu a uma segunda-feira, dia 7 de outubro. Era véspera de aniversário do apresentador. No sábado seguinte, estava a conduzir o programa Olhó Baião, nas manhãs da SIC. «O público não tem de levar com o meu sofrimento. Se tivesse ficado em casa teria sido pior. A minha mãe tinha o maior orgulho em mim. Ela gostava da minha alegria. É difícil explicar como se pode estar alegre estando desfeito por dentro», contou n’O Programa da Cristina desta segunda-feira, 2 de dezembro.

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Quase dois meses depois, a dor de ter perdido a mulher da sua vida não amenizou. E a época natalícia traz à memória momentos de grande alegria, mas não só. «Eu gosto muito do Natal e vivia muito esta época pela família e com a família», contou João. «Mas a imagem de uma mãe num caixão é uma coisa que não se esquece nunca», acrescenta, em lágrimas.

João Baião revela que sempre viveu «apavorado com o desaparecimento» da mãe. Quando era mais novo, «se ela dizia que chegava às seis e chegava às oito», o apresentador «chorava à janela» enquanto a aguardava. «Sempre quis ser mais crescido para não sofrer tanto. Mas nestas coisas não se tem idade», confessa.

«É um vazio grande»

Maria Luísa morreu aos 84 anos, exatamente nove anos depois do marido. «O que mais me impressionou foi o vazio do olhar dos últimos dias. No fim, ela já não me reconhecia. Já só respirava. Eu dizia-lhe sempre que a amava», lembra.

«Quando temos filhos, acabamos por perspetivar a tua vida neles. Quando não temos, ficamos sem alicerce e começamos a ver-nos sós», termina o apresentador.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: reprodução redes sociais

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