José Carlos Pereira Em choque com a morte do pai: “Perdi a noção do que se estava a passar”
José Carlos Pereira perdeu o pai no dia em que celebrava o 45.º aniversário. Longe de Portugal, o ator recorda agora o choque quando recebeu a notícia.
José Carlos Pereira quebrou o silêncio sobre a morte do pai, que faleceu no dia em que o ator da TVI celebrou 45 anos. O também profissional de saúde estava no Brasil em trabalho e não conseguiu estar presente no funeral.
“Acho que ainda não tive tempo para me despedir, se queres que te diga realmente a verdade. Desde que cheguei, há cerca de 20 dias, tenho estado em modo piloto automático a tratar das coisas todas, sou filho único. (…) Também tento não ter espaço e tempo para pensar. Quando chego a casa é para dormir e pouco mais”, começou por explicar no Dois às 10.
“O meu pai foi um lutador como eu disse. Nos últimos dez anos, acho que ele teve quatro tumores, todos novos, tanto mais que a causa da morte não foi nenhum desses tumores. Foi mesmo uma morte natural, por falência, por cansaço, se quiseres, do corpo”, revelou.
Apesar de o pai estar com uma uma “infeção respiratória”, Zeca, como é conhecido, sublinha que a situação estava, aparentemente sob controlo. Por isso mesmo, decidiu partir para o Rio de Janeiro.
“Vou honrar o que ele deixou escrito”
“Fui descansado. De um dia para o outro recebo a notícia de que ele piorou substancialmente e no dia seguinte deu-se isto”, recorda. “Sei que o choque que senti na altura foi muito grande. Perdi um bocadinho até a noção mais ou menos do que se estava a passar, quis abandonar um bocado a realidade”, atira.
Ainda assim, será nesta quarta-feira, 20 de dezembro, que o ator vai ter finalmente a oportunidade de se despedir. “Vou ter esta oportunidade de lhe prestar uma última homenagem. Acho que vai ser a minha despedida. Era um desejo dele que eu vou honrar como alguns outros que ele deixou escritos”.
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O último adeus será em Vila Nova de Foz Côa, em Cedovim, de onde era natural. “Vai ser talvez a minha catarse e o meu fechar deste ciclo e vou talvez poder despedir-me condignamente daquilo que ele representava na minha vida e daquilo que ele foi ao longo da minha vida”, aponta.
Texto: Tomás Cascão; Fotos: Arquivo Impala
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