«O médico não acreditava que eu passasse daquela noite. Tiveram que me induzir o coma e, passados 15 dias,  saí de lá pelo meu próprio pé. Não era a minha hora». A revelação foi feita por Kátia Moreira no passado domingo, 10,  na gala de The Voice Portugal.

Em conversa com Kátia, Andrea Soares, amiga e ex-colega da girlsband Nonstop, recordou este momento dramático que aconteceu há dois anos.

«Houve um momento mais complicado. A Kátia não se estava a sentir muito bem, estava a ter convulsões».

A TV7Dias revela-lhe agora todos os pormenores sobre este episódio dramático.

«Foi há dois anos, imediatamente a seguir ao Natal, em 2015. A Kátia teve um pico de tensão alta e esteve o dia todo a sentir-se mal. Esteve muito mal disposta durante alguns dias mas nem se apercebeu que era isso porque é uma pessoa jovem. Não associou a nada. E, entretanto, começou a sentir-se mal e chamou a Andrea», começa por contar Catarina Pinheiro, manager de Kátia Moreira.

«Quando a Andrea chegou, ela continuava sem conseguir reagir. Já estava muito confusa, sem conseguia atender as chamadas da Andrea para lhe abrir a porta. Foi aí que começou a sentir que alguma coisa não estava bem. Depois, lá conseguiu abrir e quando a Andrea subiu, falaram 5 segundos e a Kátia começou a ter convulsões. A Andrea ficou muito aflita, porque a tensão alta pode criar convulsões. Foi então  que a Kátia começou a ter uma espécie de ataque epiléptico. O que nem é normal porque ela não é epiléptica», explica Catarina.

A manager da ex-Nonstop afirma ainda que Andrea «teve a frieza de conseguir seguir normas de segurança e salvamento».

Uma semana em coma induzido

«A Andrea, aflitíssima, começou a tentar fazer tudo o que podia. Começou a seguir aquelas normas de segurança, que eu própria não saberia fazer, mas ela teve a frieza de conseguir fazer: colocá-la de lado, pôs-lhe a língua de fora, fez coisas básicas de salvamento. Entretanto chamou o INEM, com a ajuda também da Liliana das Nonstop, foram as duas muito unidas e a Kátia completamente fora, já não estava consciente».

Foi nesse momento que as amigas e familiares de Kátia Moreira temeram o pior. Depois de chamado o INEM e levada para o hospital, a cantora «ficou em coma. Foi induzido o coma porque a Kátia não conseguia sair das convulsões. Sempre que a tentavam tirar do coma voltava a ter convulsões então esteve uma semana inteira em coma induzido».

«Esteve meses sem conseguir cantar»

A recuperação de Kátia foi lenta.  «Ficou sem conseguir falar, sem conseguir ter os movimentos todos, esteve meses sem conseguir cantar. Mas, na altura, passados 15 dias, saiu do hospital e a recuperação foi devagarinho, com fisioterapia».

Sem noção da surpresa desagradável que a vida lhe pregou, a cantora foi-se apercebendo do que lhe tinha acontecido e os medos começaram a surgir.

«Foi muito difícil principalmente porque a Kátia é uma pessoa que adora cantar. E ela, nos dias depois de sair do coma, obviamente que estava preocupada com os movimentos básicos porque não conseguia sequer levar o braço à cara ou lavar a cara. No entanto, quando saiu do hospital a voz estava diferente, muito mais grave e fechada. Algo que os médicos avisaram ser normal por causa de todos os tubos que teve na garganta», continua.

O tempo foi passando e Kátia Moreira «começou a recuperar mas foi complicado sentir que fazia experiências a cantar e não conseguia. Então começou a achar que nunca mais ia conseguir cantar, conseguir falar. Foi um tempo difícil mas as amigas e a familia ajudaram».

A recuperação demorou cerca de meio ano, uma vez que «a meio do ano de 2016, em junho, a Kátia já cantava embora com alguma dificuldade».

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