Maria Cerqueira Gomes sobre a filha: “Foram facadas! Foram facadas diárias”
Maria Cerqueira Gomes confessou a Cristina Ferreira que “falhou” com a filha Francisca quando se mudou para Lisboa para apresentar o “Você na TV!” ao lado de Manuel Luís Goucha.
Maria Cerqueira Gomes já revelou várias vezes que a sua vinda para Lisboa, na altura em que se juntou a Manuel Luís Goucha no “Você na TV!“, TVI, não foi fácil. Acima de tudo não foi fácil deixar os filhos Francisca e João, na altura com 17 e dois anos, resptivamente, no Porto, cidade de onde é natural. Em conversa com Cristina Ferreira, a apresentadora voltou a referir o quanto a distância foi dura.
“Foram facadas! Foram facadas diárias. A sorte era estar tão absorvida, que só me deparava com aquele momento de solidão ao entrar em casa. E eu entrava em casa tão cansada… Custava-me muito o momento de entrar em casa e não ouvir a palavra ‘mãe'”, referiu à diretora de Entretenimento e Ficção do canal de Queluz.
“Percebi que estava a falhar”
Quando questionada sobre se teve conversas com a filha sobre a mudança para a capital, Maria Cerqueira Gomes afirma que no início estava muito mais preocupada com o pequenino. “Ainda hoje me perguntou: ‘Vais para Lisboa?’ e vê isto de forma mais natural”, conta, ao mesmo tempo que adianta que a vida dele foi “entre cá e lá”.
“Ela, que eu julgava que era grande, que tinha a capacidade de me dizer: ‘preciso de ti’, de me ligar… A certa altura percebi que estava a falhar quando ela me disse que eu entrava em casa e ia direta ao João. E eu percebi que estava a falhar. Fiz-lhe muito mais falta a ela do que fiz ao João”, reconhece.
Francisca, segundo a mãe, é muito discreta. “Ela nunca se confrontou com certas coisas e eu sei que houve coisas que a magoaram. E é tudo muito difícil. A certa altura percebi: ‘Eu quero fazer televisão, mas até que ponto quero fazer televisão neste sítio?'”
“Penso sempre que eles preferem pais separados e felizes e calmos”
Separada dos pais dos dois filhos, Maria mantém com eles uma boa relação. “Ia mesmo ao fim do mundo pelo Gonçalo e pelo António”, refere, acrescentando que sempre quis que isto acontecesse porque o divórcio dos seus progenitores – quando tinha dez anos – não foi fácil.
Maria defende também a guarda partilhada. “Estão os dois comigo e com os pais. Está muito bem organizado”, conta a Cristina Ferreira, ao mesmo tempo que diz saber o que é andar com a casa às costas semana sim, semana não, ou fim de semana sim, fim de semana não. “É uma seca descomunal”, garante. “Mas é o que é. Penso sempre que eles preferem pais separados e felizes e calmos, e em paz, do que pais juntos sem afetos, sem toque”.
Uma coisa espera. “Não ter falhado em termos de afeto com os meus filhos, porque isso marca sempre. É uma grande preocupação. Aprendi muito tarde com a Francisca a tocar, a dizer ‘amo-te’. Eu não era assim. Aprendi com a vida e estou a fazer tudo certinho com o João».
Texto: Carla S. Rodrigues; Fotos: Reprodução Instagram
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