Matilde Reymão está a estrear-se no papel de protagonista de uma novela. A atriz, de 23 anos, dá vida a Cacau na trama da TVI com o mesmo nome e não podia estar mais feliz com o desafio que tem nas mãos. Tão feliz e com tanta vontade de trabalhar que até chegou a ir gravar magoada. “Vim gravar com o ombro de fora. Foi numa cena que tive de ação. Caí e desloquei o ombro. Foi chato, muito chato”, começou por contar aos jornalistas durante umas gravações da produção que já conquistou os portugueses.

Devido a essa lesão, a jovem viu-se obrigada a fazer fisioterapia durante “um mês e meio”. “Estive a tentar conciliar com as gravações e com o tempo disponível, que é muito pouco. Fiz fisioterapia à noite, o meu fisioterapeuta foi espetacular porque conseguiu ajustar a sua agenda para me conseguir tratar”, adiantou. “Foi uma fase mais complicada porque, como estava mais debilitada fisicamente, acabou por ser difícil. Tinha dores, e há cenas que vão ver em que eu estava toda ligada, e nós tentámos proteger da melhor forma que conseguimos. Mas isto são provas que a vida dá, são ossos do ofício”, acrescentou. 

As cenas íntimas com José Condessa

Nesta novela, Matilde Reymão vai protagonizar algumas cenas mais “escaldantes” com José Condessa, mas assumiu que esses momentos de gravação foram muito tranquilos.

“Não sinto constrangimento porque temos uma equipa que respeita muito os nossos limites. Somos muito ouvidos, e faz toda a diferença trabalhar com pessoas que se respeitam mutuamente. O Zé é espetacular. Eu entro na personagem e é como se estivesse a fazer outra cena qualquer. Quando o ambiente é seguro, não sinto muito o peso da intimidade”, afirmou, garantindo que, por vezes, é “mais íntimo conseguir dizer, olhos nos olhos, palavras de amor do que fazer uma cena de cama”. “Claro que não vou dizer que é facílimo, mas eu gosto de fazer todas as cenas. A Cacau tem-me permitido ir a tantos sítios, permite-me sair da minha zona de conforto. Ela dá-me sempre vontade de acordar de manhã e ir trabalhar… mesmo aleijada”, terminou.

Texto: Mafalda Mourão; Fotos: D.R.

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