Morreu a mãe de Ferro Rodrigues aos 101 anos
Rita Ferro Rodrigues está de luto pela morte da avó paterna. Marieta Paula Cidade Barreto Ferro Rodrigues tinha 101 anos e era mãe do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.
Rita Ferro Rodrigues está de luto pela morte da avó paterna. Marieta Paula Cidade Barreto Ferro Rodrigues tinha 101 anos e era mãe do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.
“Adeus, meu amor”, escreveu a antiga apresentadora da SIC como legenda de uma fotografia da familiar, partilhada, ao início da tarde desta segunda-feira, nas redes sociais.
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Depressa Rita Ferro Rodrigues foi inundada de mensagens de carinho de vários seguidores, entre eles figuras públicas. “Abraço-te”, disse a amiga e apresentadora Iva Domingues, acrescentando um emoji em forma de coração. Já o jornalista João Moleira escreveu: “Uma vida longa e cheia. Leva com ela muita coisa e deixa ainda mais contigo”. “Beijo grande”, enviou a atriz Marta Gil.
Em maio, por ocasião do 101.º aniversário da avó paterna, Rita Ferro Rodrigues dedicou-lhe um texto no seu site, Elefante de Papel, “para que a memória de uma mulher extraordinária não se perca”.
“Resiste forte neste mundo, acredito eu, por amor. Pelo amor que sente, pelo amor que recebe todos os dias. Pelo amor que viveu com o meu avô, que já não está entre nós, mas que na cabeça dela permanece vivo. Pelo amor militante e abnegado pelos filhos todos. Os que estão vivos – Eduardo, meu pai, e Paulo, meu tio – e pelo filho que morreu no parto, sofrimento que a dilacerou, que momentaneamente a fez perder a vontade de viver, mas do qual recuperou com coragem. Estóica, seguiu em frente, mais forte mas também mais endurecida pelo tremendo desgosto”, escreveu, na altura.
Rita Ferro Rodrigues revelou ainda, naquele texto, que “o pensamento” da sua Marieta já estava “noutros lugares”. “A avó está sempre num passado longínquo, onde felicidade e tristeza, juventude e velhice, se conjugam num presente desfocado”, lamentava, exemplificando: “No outro dia, enquanto a visitava, encostei-lhe a cabeça no ombro como quando era pequenita. Olhou para mim e disse: “O teu avô acabou de sair do quarto. Tinha aqui a cabeça encostada. Não o viste?”. E eu, que tanto o queria ver, comovi-me e menti-lhe dizendo que sim, com a convicção possível que consegui desencantar no momento, com os olhos rasos de lágrimas. Aquela cabeça encostada a ela era a minha, o amor eterno que sentiu, era o dela. O que os seus olhos terão visto não sei – nunca saberei.”
Texto: Dúlio Silva
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